Um advogado do ator Tom Cruise criticou na segunda-feira uma biografia não-autorizada, que qualificou como "coisa ultrajante, doente". A editora Saint Martin Press, porém, defendeu a publicação da obra. "Tom Cruise, Uma Biografia Não-Autorizada", do britânico Andrew Morton -- famoso pelo best-seller que lançou em 1992 sobre a princesa Diana -, chega neste mês às livrarias norte-americanas. "Seu livro é uma reciclagem de velhas e cansadas mentiras sobre Tom e sua religião, algumas novas mentiras grotescas, como a doente comparação do seu filho com 'O Bebê de Rosemary' e a amalucada afirmação de que ele é o número 2 da Igreja da Cientologia", disse à Reuters Bert Fields, que há anos advoga para Cruise. "[Morton] fez várias afirmações que são falsas e demonstravelmente o são", acrescentou Fields, que declarou ter lido o livro. "Claramente o livro é [judicialmente] acionável, mas não estou comentando nada que tenha a ver com questões jurídicas." Em Londres, a Igreja da Cientologia não respondeu a um email pedindo comentários sobre as acusações. Em uma breve nota divulgada na segunda-feira, Steve Troha, assessor de imprensa da Saint Martin Press, disse: "Mantemos o apoio a nosso livro e a nosso autor." Fields disse que Cruise não pretende ler o livro. O advogado negou também a acusação, feita por Morton, de que a atriz australiana Nicole Kidman, ex-mulher de Cruise, estaria com medo de ser chantageada ou proibida de visitar os dois filhos adotivos do casal caso se manifestasse contra a Igreja da Cientologia depois do divórcio. Essa versão, segundo o advogado, é "uma asneira absoluta" e "absolutamente falsa". Kidman não se manifestou. "O homem [Norton] deveria se envergonhar, assim como seu editor", disse Fields. "Ele finge estar escrevendo uma biografia sem nem falar com ninguém que realmente conheceu Tom nos últimos 30 anos."