05 de maio de 2018 | 06h00
Em meio a escândalos de assédio sexual, a Academia Sueca anunciou na sexta-feira, 4, que vai adiar a escolha do Prêmio Nobel de Literatura de 2018 e, em 2019, vai premiar dois escritores de uma só vez.
Veja 8 curiosidades sobre o Prêmio Nobel de Literatura e a Academia Sueca
1. Adiamentos
A Academia Sueca ‘adiou’ a entrega do Prêmio Nobel de Literatura em sete ocasiões: 1915, 1919, 1925, 1926, 1927, 1936 e 1949. O vencedor deste último ano, William Faulkner, é o Nobel de 1949, mas recebeu o prêmio em 1950
2. Cancelamentos
O Nobel não foi entregue em outros sete anos, a maioria deles durante as guerras mundiais: 1914, 1918, 1935, 1940, 1941, 1942 e 1943. O motivo do prêmio de 1935 não ter sido entregue nunca foi revelado
3. Justificativa
O estatuto da Fundação Nobel diz: “Se nenhum dos trabalhos é considerado da importância indicada, o prêmio em dinheiro é reservado até o ano seguinte. Se, mesmo assim, o prêmio não puder ser entregue, o montante deve ser adicionado aos fundos restritos da Fundação”
4. No total
Considerando as outras categorias (como medicina, física e paz), o Nobel não foi entregue em 49 ocasiões
5. Economia
O de Economia, que começou em 1968 e não está diretamente ligado ao testamento de Alfred Nobel, foi entregue todos os anos desde então
6. Divididos
Também houve quatro vezes em que o Nobel de Literatura foi dividido: 1904 (Frédéric Mistral e José Echegaray), 1917 (Karl Gjellerup e Henrik Pontoppidan), 1966 (Shmuel Agnon e Nelly Sachs) e 1974 (Eyvind Johnson e Harry Martinson). A Academia diz que o fato de o prêmio raramente ser dividido se deve “à própria natureza da literatura”, enquanto em outras áreas o fato é mais comum
7. Recusa
Dois autores recusaram o Nobel de Literatura. Boris Pasternak, em 1958, que havia aceitado, mas depois foi forçado pelas autoridades da antiga União Soviética a rejeitar o prêmio. E Jean-Paul Sartre, em 1964, pois era seu costume e princípio não aceitar honrarias oficiais
8. Propostas
A cada ano, a instituição recebe cerca de 350 propostas de candidaturas procedentes de premiados, acadêmicos, organizações e outros profissionais do meio literário e linguístico. As candidaturas precisam ser renovadas ano a ano, até o dia 1º de fevereiro, e os candidatos devem ser escritores vivos
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