Yusuf Islam, ex-Cat Stevens, ganha processo por calúnia sexista

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O cantor folk britânico Yusuf Islam, antes conhecido como Cat Stevens, aceitou na sexta-feira indenização por calúnia e um pedido de desculpas de uma agência de notícias que divulgou que, numa cerimônia de premiação, ele se recusara a falar com mulheres que não estivessem usando véu. O artista, que mudou de nome depois de se converter ao islamismo, no final dos anos 1970, vai doar a indenização "substancial" à organização beneficente Small Kindness, vinculada à ONU e que ele dirige. Adam Tudor, seu advogado, disse à Alta Corte de Londres que a matéria que causou a ação judicial foi publicada pela World Entertainment News Network e usada no Contactmusic.com, um site que receberia 2,2 milhões de visitas por mês. O artigo saiu em março do ano passado e sugeriu que o cantor "é tão sexista e preconceituoso que, numa cerimônia de premiação, se recusou a conversar com mulheres que não estivessem usando véu, ou até mesmo a reconhecer sua presença", disse o advogado. "Sugeriu ainda que o empresário de Yusuf Islam afirmara que o cantor 'não fala com mulheres, a não ser com sua esposa. E menos ainda se não estiverem usando véu. Coisas assim só acontecem através de um intermediário'." Tudor disse que o artigo causou constrangimento ao cantor, criando uma impressão falsa de sua atitude relativa às mulheres e uma má impressão de sua religião. A World Entertainment News Network divulgou pedido de desculpas pelo incidente. Yusuf Islam, 59 anos, é conhecido sobretudo pelos sucessos da época em que era Cat Stevens, incluindo "Wild World", "Morning Has Broken" e "Moonshadow". Ele vendeu estimados 60 milhões de álbuns como Cat Stevens, mas afastou-se do showbusiness em 1978, depois de converter-se ao islamismo. Ele lançou seu primeiro álbum pop desde então em 2006.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.