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Yoko Ono cede direitos autorais de músicas de John Lennon

Renda do CD 'Make Some Noise/Instant Karma' vai para projetos da Anistia Internacional em Darfur, no Sudão

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Por Redação
Atualização:

A artista plástica Yoko Ono, viúva do ex-beatle John Lennon, deu hoje seu apoio em Londres à ação humanitária promovida pela Anistia Internacional (AI) na região africana de Darfur (Sudão), causa pela qual Ono cedeu os direitos autorais de músicas de Lennon para um disco beneficente. Make Some Noise/Instant Karma é o título do álbum que está à venda desde junho passado e que será reeditado em 9 de outubro deste ano, coincidindo com o que seria o 67.º aniversário de John Lennon - assassinado a tiros em 1980 por um fã. O álbum inclui versões de músicas de Lennon feitas por artistas internacionais, e já vendeu mais de 500 mil cópias no mundo todo. Por tal feito, a viúva do músico recebeu hoje um disco de platina em nome, segundo ela, "de todos os artistas que participaram deste disco". "Aceito este reconhecimento em meu nome e no de Lennon, que tinha uma grande inquietação pelos problemas do planeta, e queria ver um mundo melhor", comentou Ono. Os irlandeses do U2, a americana Christina Aguilera e a canadense Avril Lavigne (que gravou Imagine) são alguns dos artistas que participaram do álbum, que arrecadou mais de US$ 1 milhão para ajudar no combate ao sofrimento dos habitantes de Darfur. Os civis desta região sudanesa, especialmente as crianças e as mulheres, sofrem diariamente com um conflito iniciado em 2003 e que, segundo dados das Nações Unidas, obrigou 250 mil pessoas a fugirem de suas casas nos últimos oito meses, algumas inclusive pela terceira ou quarta vez. "Eles têm a coragem, nós temos que dar a esperança e estar ao seu lado", disse Irene Khan, secretária-geral da Anistia Internacional. Khan garantiu que, graças à generosidade de pessoas como Ono, Darfur não é um conflito esquecido atualmente. Em um ato simbólico, a viúva de Lennon pendurou um desejo de paz em um dos galhos de uma pequena oliveira levada pela AI para a ocasião, similar às plantadas pela instituição no Oriente Médio para pedir a solução do conflito palestino-israelense. "Esta oliveira também é símbolo de vitória, da vitória da paz no mundo que todos queremos", afirmou Ono.

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