
14 de março de 2012 | 11h04
Um dos grandes nomes da dança do século 20, Pina revolucionou a arte ao levar ao palco o seu teatro-dança, uma forma de dançar que destaca o lado humanístico das coreografias, e aceita toda a sorte de movimentos e gestos. Suas coreografias eram criadas de maneira colaborativa e traziam inspirações das cidades por onde a artista passava. Outro ponto alto nas obras de Pina era o palco, que ganhava elementos externos, como água, terra e pedras gigantescas.
No filme, Wenders abre espaço para que as criações de Pina falem por si. Assim, não espere um documentário repleto de depoimentos. Eles até existem. Mudos em cena, os bailarinos falam, por meio de narração em off, sobre a experiência de atuar ao lado da coreógrafa. No entanto, são frases que não estão ali para explicar tudo. As coreografias é que são as estrelas.
Outro ponto que merece atenção é a utilização da tecnologia 3D em um longa dito de arte, uma vez que a maioria das produções que usam essa técnica até o momento tende a ser obras de aventura e animações, com foco no público mais jovem. Com isso, ao lado de Martin Scorsese, diretor do novo A Invenção de Hugo Cabret, Wim Wenders se torna um dos primeiros diretores de renome a ir contra o estigma das produções feitas em três dimensões e aproveitar, sem preconceito, o que de interessante a tecnologia pode oferecer. As informações são do Jornal da Tarde.
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