01 de julho de 2013 | 09h56
A mostra é ambiciosa, exigindo o trabalho de dois curadores, os críticos Arlindo Machado e Fernando Cocchiarale, para mapear o processo criativo de um artista múltiplo que foi também urbanista, arquiteto e paisagista - sua principal atividade profissional. A bailarina Analívia Cordeiro, uma das duas filhas do artista, lembra a propósito que o pai jamais participou de qualquer esquema de comercialização de sua obra - até porque não existia mercado de arte no Brasil quando ele se instalou aqui, em 1946,. Mesmo depois, continuou a manter distância ideológica de galeristas, por ser um comunista radical.
"Ele ganhava dinheiro com paisagismo, não com obras de arte", diz a filha. "Para lembrar, vamos montar um jardim ao lado do auditório do Ibirapuera, seguindo um esboço deixado por ele", revela. Não é a única novidade que Analívia anuncia. Mesmo sendo homenageado pelo curador Luis Pérez-Oramas com uma sala na última Bienal de São Paulo, Cordeiro tem muitas obras inéditas, que não foram mostradas nem mesmo em 1986, na última retrospectiva dedicada ao artista. Guardadas por 27 anos, elas saem da casa de Analívia diretamente para a mostra do Itaú Cultural.
WALDEMAR CORDEIRO: FANTASIA EXATA - Itaú Cultural. Avenida Paulista, 149, tel. 2168-1776. 3ª a sáb., 9h/20h; sáb. e domingo, 11h/20h. Grátis. Até 22/9. Abertura quarta, para convidados.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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