30 de maio de 2012 | 11h21
O grupo, com três músicos adicionais, começou o show em clima de histeria, com "Tempo Perdido". Moura emendou "Fábrica" logo a seguir, e as vozes da plateia eram até mais fortes do que a sua. "Essa é talvez a noite mais emocionante da minha vida", disse. "Essa banda mudou a minha vida. Desde que a MTV me convidou, eu só pensava: vamos fazer dessa noite algo inesquecível. (Talvez seja) A última vez que a gente vai ver o Dado e o Bonfá juntos, tocando essas canções no palco", disse Moura, antes de convidar ao palco Fernando Catatau e continuar com "Andrea Doria" e "Quase Sem Querer".
Wagner Moura ainda resolveu fazer o gênero "possuído", mas pouca gente prestava atenção à qualidade técnica de sua apresentação - a lenda da Legião fazia o serviço, e a força das canções se sobrepunha aos arranjos, como em qualquer barzinho com fãs tocados pela saudade, um violão e um amplificador.
Antes do show, do lado de fora da casa de espetáculos, não houve grandes atribulações, a não ser a gigantesca fila que os fãs enfrentaram para entrar no local, por volta das 20h30. Esperava-se que fãs mais exaltados fizessem algum protesto pela presença de Moura como "substituto" de Renato Russo, mas nada de mais grave aconteceu.
Do lado de fora, a trupe do humorístico "Pânico na TV", com comediantes vestidos como Renato Russo, Capitão Nascimento (personagem mais famoso de Moura) e um clone esfarrapado de Renato Rocha (ex-baixista da Legião que hoje vive como sem-teto no Rio) divertiam o pessoal na fila e os sem-ingresso que não conseguiram entrar.
Crítica familiar - O show só não foi muito bem recebido pela família de Renato Russo, que achou o tributo um tanto elitista e fechado demais em sua proposta artística. Giuliano Manfredini, herdeiro do cantor, disse que preferia ver artistas da nova geração em cena, em vez de um ator. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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