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Viúvo de Natalie Wood não é suspeito por morte da atriz--polícia

Por DAN WHITCOMB
Atualização:

Os investigadores que reabriram o inquérito sobre a morte da atriz Natalie Wood, ocorrida em 1981, disseram na sexta-feira que o viúvo dela, o ator Robert Wagner, não é considerado suspeito. O corpo de Wood foi achado boiando em 29 de novembro de 1981 em uma baía da ilha Catalina, na costa da Califórnia. A autópsia na época constatou que ela estava alcoolizada e se afogou. Estrela de filmes como "Juventude Transviada", ela tinha 43 anos. Após três décadas, a investigação foi reaberta porque o capitão do iate onde ela passou sua última noite admitiu ter mentido sobre o incidente, responsabilizando agora Wagner pela morte da mulher. Mas o tenente John Corina, da divisão de homicídios do Departamento do Condado de Los Angeles, disse que a conclusão inicial de morte por afogamento não mudou. Segundo ele, a investigação foi reaberta por causa de novas informações vindas de várias fontes, "as quais sentimos que eram suficientemente substanciais para nos fazer dar mais uma olhada nesse caso". Questionado por jornalistas sobre se Wagner, de 81 anos, é suspeito, Corina respondeu que não. Em entrevista à rede NBC, Dennis Davern, capitão do iate, disse que Wagner e Wood haviam tido uma luta corporal logo antes de ela desaparecer da embarcação "Splendour", e que Wagner demonstrou pouco interesse em encontrá-la. Um porta-voz de Wagner disse que a família dele não foi procurada pelas autoridades, mas "apoia completamente" a nova investigação, e confia que as autoridades "irão avaliar se qualquer nova informação (...) é válida e vem de fonte ou fontes críveis, além daquelas que tentam simplesmente lucrar com o 30o aniversário da trágica morte dela." As autoridades pediram que qualquer um que tenha informações relevantes entre em contato com os investigadores ou com um disque-denúncia. Wood - cujo nome de batismo era Natalia Nikolaevna Zakharenko, filha de imigrantes russos nascida em San Francisco - estreou no cinema ainda criança, em filmes como o clássico natalino "De Ilusão Também se Vive" e "Nós e o Fantasma." Adolescente, foi indicada ao Oscar de atriz coadjuvante por seu papel no clássico "Juventude Transviada" (1955), contracenando com James Dean. Também seria indicada duas vezes ao Oscar de melhor atriz, por "Clamor do Sexo" (1961) e "O Preço de um Prazer" (1963). Nas três ocasiões em que foi indicada, perdeu.

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