PUBLICIDADE

Violino Estelar

Itzhak Perlman fala ao Estado sobre os recitais que faz no Brasil de hoje a segunda e revela interesse cada vez maior pela regência

Foto do author João Luiz Sampaio
Por João Luiz Sampaio
Atualização:

"O que torna um indivíduo único é justamente o som que ele produz." É assim que o violinista Itzhak Perlman explica seu fascínio pelo instrumento e o ato de fazer música. Aos 65 anos, seu "som" o coloca não apenas no grupo de elite da música clássica internacional, mas também em um clube ainda mais restrito - o de artistas que extravasam o universo erudito, tornando-se celebridades. Ele está de volta ao Brasil para uma série de recitais. Hoje, toca no Municipal de Paulínia; de amanhã a terça, na Sala São Paulo, pela Sociedade de Cultura Artística. Em Paulínia, interpreta a sonata em ré maior de Leclair, a sonata n.º 7 de Beethoven e a sonatina de Dvorák, mesmo programa de amanhã, na Sala São Paulo. Na segunda e na terça, sonatas de Mozart, Strauss e Debussy. Em todos os dias, há ainda uma quantidade de peças não anunciadas, que Perlman escolhe na hora do recital - e aí, tendo em vista a diversidade de seu repertório, tudo é possível. Nascido em Israel, Perlman, que perdeu os movimentos da perna por conta da poliomielite, mudou-se ainda cedo para os Estados Unidos. Tem no currículo 15 Grammys, além de títulos em universidades de vários países. Gravou todo o grande repertório tradicional para violino, além de ter se aventurado pelo jazz e pela música popular, em parcerias com artistas como Oscar Peterson. Também gravou trilhas para filmes como A Lista de Schindler. No começo do ano, lançou um disco em que interpreta os trios de Mendelssohn ao lado do violoncelista Yo-Yo Ma e do pianista Emmanuel Ax. Desde meados dos anos 90, passou também a se dedicar à regência. Na entrevista ao Estado, abaixo, ele fala sobre os planos como maestro - reger Mahler e Bruckner entre eles -, mas garante que não quer largar o violino. "Continuo apaixonado pelo meu instrumento", diz.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.