06 de agosto de 2010 | 00h00
Gru é o nome do vilão e, como foi suplantado por um rival mais jovem no furto de uma das pirâmides do Egito, planeja um golpe para calar todos os rivais -- nada menos que o furto da Lua. Para isso, ele precisa adotar três crianças, não por caridade, mas apenas para, com a ajuda delas, se apossar de um aparelho de raio redutor. Abusar de criancinha é o cúmulo da vilania. Mas, como verá o espectador, Gru não é um vilão comum.
Na verdade, não existe muita coisa de original no roteiro desta historieta endereçada às crianças. Mas o visual convence e, na mesmice da trama, se introduzem alguns elementos legais. Por exemplo, quando o nosso vilão dirige-se a um banco para obter financiamento para o golpe e o espectador descobre que o estabelecimento é um daqueles bem conhecidos do público, um dos responsáveis pela crise da economia norte-americana. Uma piscada de olhos crítica ao sistema.
Dirigido por Pierre Coffin e Chris Renaud, Meu Malvado Favorito trabalha bem com a tecnologia 3D. Não abusa do recurso, não faz dele um fim em si mesmo, mas usa a terceira dimensão de maneira adequada, criando uma profundidade de campo visualmente interessante. Pode-se dizer que nas duas dimensões convencionais o efeito da fábula seria o mesmo, mas é claro que, em 3D, existe uma atração a mais. Não é fundamental, mas é uma cereja no bolo.
Sem outras novidades a não ser o 3D, Meu Malvado Favorito é um filme gracinha, com história simples e alguns bons personagens. O vilão atrapalhado, em primeiro lugar, mas também as crianças e os robozinhos que servem ao seu mestre, mas igualmente se metem em confusões. Dá para se divertir.
Trailer. nome
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