Dedo na ferida russa
Se ainda não foi, esta é a hora. Terça, 28, às 19:30, haverá a última apresentação do ciclo de leituras dramáticas 7 Leituras, 7 Autores, 7 Diretores no Teatro Anchieta. Criado por Eugênia Thereza de Andrade, esta 11.ª edição centra no Teatro Russo para comemorar a Revolução Socialista de 1917. De lambuja homenageia Boris Schnaiderman, um dos principais tradutores do russo. Mas quem ganha é o respeitável público. A peça da vez é O Cadáver Vivo, de Lev Tolstoi, o gênio de Guerra e Paz e Anna Karenina. Trata do casal Liza e Fiodor, incompatível desde sempre, ele alcoólatra. É bom saber: Tolstoi só permitiu a encenação da peça após a sua morte. A realidade batia à porta. Direção de Caetano Vilela e no elenco tem 14 artistas, entre eles, Clara Carvalho, Renato Forner e Clovys Torres.
Sergio Britto em close
Ele é a marca de uma geração de atores e atrizes que se formaram fazendo principalmente teatro: TBC, Teatro do Estudante ou Teatro de Arena. Sua turma era bamba dos palcos, mestres na interpretação, como Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Nathalia Timberg – as duas moças até hoje dando show. O bonitão aí da foto é o ator Sergio Britto (1923-2011), tema do documentário O Ator das Multidões, de Rozane Braga e Vicente Tigre. Acaba de chegar ao canal Arte1. Imperdível para conhecer a dimensão de um dos grandes produtores e diretores do teatro nacional. Por vezes abandonou a carreira de ator para investir em espetáculos que considerava urgentes. Pouco papo e fazer acontecer eram a regra. Britto criou o Grande Teatro Tupi (hoje SBT), levando mais de 400 peças de teatro para a telinha. Seu negócio eram as multidões. Teve programas de TV para falar de arte por 20 anos e fez disso sua missão. E pensar que, carioca de Vila Isabel, era médico formado. Sorte nossa que largou a dita cuja. Quer inspiração para sua vida? Arte1, dia 27, às 19h, e em dezembro dias 4, 11 e 18, também às 19h.
Alice e Gertrude
Alice, Retrato de Mulher Que Cozinha Ao Fundo leva ao palco a relação entre a cozinheira e escritora Alice B. Toklas e a escritora Gertrude Stein na Paris dos anos 1920 – e a casa onde viviam e recebiam grandes nomes da literatura, música e artes visuais. Está no palco da Biblioteca Mário de Andrade em duas últimas sessões: domingo, 26, e segunda-feira, 27, às 19h. O monólogo foi escrito por Marina Corazza. A direção é de Malú Bazán e Nicole Cordery está na pele de Toklas.