12 de novembro de 2012 | 10h34
Para chegar ao prêmio principal, "Era uma Vez Eu, Verônica" teve de enfrentar sete concorrentes de nível - dois brasileiros e cinco estrangeiros. Entre eles, o dinamarquês "Teddy Bear", que valeu a Mads Matthiesen a estatueta Voo na Floresta (é o nome do troféu manauara) de melhor diretor. Eis aí um filme de fato muito interessante, com seu personagem, fisiculturista gigantesco e tatuado, completamente dominado pela mãe idosa. O filme ganhou também o júri popular.
O outro peso pesado era "A Parte dos Anjos", de Ken Loach, com estreia prometida para este mês. Rendeu o troféu de roteiro a Paul Laverty, tradicional parceiro de Loach. O filme pode ser definido como uma comédia de cunho social, na qual aparece a habitual simpatia de Loach pelas classes desfavorecidas. O norte-americano "Compliance", um estudo sobre o assédio moral, ficou com o troféu de fotografia.
A produção local "A Floresta de Jonatas", de Sérgio Andrade, deu o prêmio de melhor ator para Begê Muniz. Ele interpreta o papel de um jovem vendedor de frutas que se perde pela floresta. O filme é de surpreendente qualidade para uma região de rarefeita produção em longas-metragens.
Além dos oito longas-metragens, o Festival do Amazonas contou com 30 curtas em competição - 14 locais e 16 da produção nacional. Entre estes, a animação paulista "Linear", de Amir Admoni, ficou com o prêmio principal. O melhor filme de ficção local foi "Uma Doce Dama", de Leonardo Mancini, que imita a técnica do cinema mudo. O melhor documentário foi "Chão Molhado", de Everton Macedo, sobre a cidade de Parintins, atingida pela cheia do Rio Amazonas em 2012. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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