
26 de fevereiro de 2013 | 13h18
A ligeira alta servirá para aliviar a pressão sobre os dirigentes das gravadoras, que viram suas vendas caírem de um pico de 28,6 bilhões de dólares em 1999, sob o efeito dos downloads pela Internet e da relutância do setor em aceitar a distribuição digital.
Uma vez mais foi o segmento digital que mostrou o mais forte crescimento, pela primeira vez mais que compensando o recuo na receita de vendas físicas.
"No início da revolução digital, era comum dizer que a mídia digital estava matando a música", disse Edgar Berger, presidente internacional da Sony Music Entertainment. "Bem, a verdade é que a mídia digital está salvando a música. Acredito absolutamente que isso marque o início de uma história de crescimento mundial. O setor tem todos os motivos para sentir otimismo quanto ao futuro", disse.
As vendas digitais das gravadoras subiram cerca de 9 por cento no ano passado, ante 2011, para 5,6 bilhões de dólares, respondendo por 34 por cento do faturamento total.
O faturamento com downloads de música subiu 12 por cento, com 4,3 bilhões de faixas compradas via download no mundo. As vendas digitais de álbuns cresceram 17 por cento, para 207 milhões de unidades.
Serviços de música por assinatura como o Spotify e o Deezer "chegaram à maioridade" no ano passado, de acordo com a IFPI, e devem ultrapassar o marco de 10 por cento do faturamento digital total do setor de música pela primeira vez. O Spotify tem mais de 5 milhões de usuários pagantes, ante 3 milhões no final de 2011, e é a segunda maior fonte de receita digital para o setor de música na Europa.
O Deezer também se expandiu rapidamente e atingiu os 3 milhões de assinantes em todo o mundo. Os executivos dizem que o número crescente de plataformas digitais ajudou as empresas a aumentar sua base de receita e que o surgimento de novos serviços era uma notícia positiva para o setor.
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