
24 de dezembro de 2010 | 00h00
Esperançosas, diversas editoras já providenciaram promoções. "Como no Natal inúmeras pessoas receberão um leitor pela primeira vez, uma das coisas que queremos fazer é indicar os livros que elas vão querer ler", disse Anne Messitte, editora da Vintage/Anchor, uma divisão da Random House, que prepara um pacote envolvendo títulos de Stieg Larsson, John Grisham e Stephen Sondheim. "Achamos que este é o momento ideal para ajudar um leitor eletrônico a organizar a coleção de e-livros que eles desejam."
O mercado, de fato, vive um bom momento. A Amazon.com anunciou nesta semana que vai fechar o ano com um saldo altamente positivo: a venda de 8 milhões de unidades de seu e-reader, o Kindle, superando a expectativa inicial, que era de 5 milhões. O crescimento é ainda maior em relação ao ano passado, quando a empresa comercializou 2,4 milhões de unidades.
Os números seguem a boa safra, reforçada em abril quando foram vendidos os primeiros iPads - em oito meses, cerca de 7 milhões do tablet já foram comercializados.
Apesar de a vida útil do livro em papel ainda estar preservada, o interesse cada vez mais crescente pela versão digital justifica-se pela evolução dos novos modelos, que transformam a leitura em uma experiência sofisticada, além de permitir uma viagem diferenciada e variada pela literatura.
O novo comércio incentivou até mudanças na estratégia publicitária. Ao contrário da tradicional, que motiva o leitor a presentear livros nas semanas anteriores ao Natal, a promoção do The eBook Insider (catálogo eletrônico gratuito da Random) começa no sábado, primeiro com mensagens nas redes sociais e depois com chamadas no Google e também anúncios impressos na The New York Times Review e na New Yorker.
Segundo Anne Messitte, esta é outra maneira de comercializar livros diretamente para os consumidores, uma estratégia que as editoras adotam cada vez mais porque o número das livrarias comuns se reduziu.
A estratégia, por enquanto, revela-se mais eficiente do que a enfrentada por outras áreas, como o cinema, que sofrem com a ação da pirataria.
O filme Avatar, por exemplo, de James Cameron, foi o mais pirateado na internet em 2010, com 16,5 milhões de downloads. Um alerta a não ser esquecido. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.