Velho trip hop acha seu veneno antimonotonia

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Por Redação
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MASSIVE ATTACK HELIGOLAND Preço: R$ 30BOMDisco bacana esse Heligoland, o 5.º álbum de estúdio do grupo britânico Massive Attack - primeiro em 7 anos. Remete a uma época (final dos anos 1990) que sonhava a abolição de fronteiras - musicais, ideológicas, sociológicas, culturais. O Massive Attack explodia com Mezzanine (1998), fusão de sons lúgubres de tradição expressionista com a batida reverberante (e solar) do dub, do reggae, naquilo que resultava num som meio tântrico, hipnótico (o velho tripo hop). Heligoland evoca aquele passado, em canções como Rush Minute (cuja linha de bateria é idêntica à de Bela Lugosi"s Dead, do Bauhaus) e Paradise Circus (faixa de 5 minutos erguida sobre estrutura de três acordes). Mas há um tom multidisciplinar antimonotonia, com guests como Damon Albarn (Gorillaz), Adrian Utley (Portishead), Tim Goldsworthy (DFA), Hope Sandoval, Martina Topley-Bird, Guy Garvey e Tunde Adebimpe. Os parceiros 3D e Daddy G, quase sem recorrer ao hip-hop, criam atmosfera quente, não mais fria e distanciada como dantes. Vale muito. / JOTABÊ MEDEIROS

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