01 de maio de 2014 | 11h09
O peruano Mario Vargas Llosa Nobel revelou nesta quarta-feira, 30, que descobriu a força da literatura latino-americana durante os anos em que viveu em Paris, onde conheceu autores como Gabriel García Márquez, Jorge Luis Borges e Julio Cortázar.
::: Cultura Estadão nas redes sociais :::
:: Facebook ::
:: Twitter ::
Vargas Llosa falou de seu trabalho e sua relação com outros autores latino-americanos em uma conversa com o escritor colombiano Juan Gabriel Vásquez na XXVII Feira Internacional do Livro de Bogotá. “Eu estava há três anos na Europa e minha lembrança da América Latina era um deserto literário onde um jovem escritor tinha enorme dificuldade de encontrar um editor”, lembrou Vargas Llosa.
O escritor peruano, Prêmio Nobel de Literatura em 2010, foi morar em Paris em 1958. Ele disse que na época a América Latina era uma região quase totalmente incomunicável do ponto de vista literário, e que ninguém sabia no Peru o que era escrito no Equador, na Colômbia ou Chile.“De repente, ouvimos notícias da Argentina e do México, porque tinha dois centros de publicação que funcionavam”, disse Vargas Llosa.
A obra de García Marquez ele disse ter descoberto em Paris, quando trabalhava em uma rede de televisão e um livro do escritor colombiano chegou às suas mãos. Era Ninguém Escreve ao Coronel. “Pareceu-me uma pequena obra-prima , um livro bem estruturado, onde nada sobrava ou faltava" , disse ele. Vargas Llosa também disse que Borges foi o autor latino-americano que mais impressionou os intelectuais franceses, porque seus textos citavam Shakespeare. (Com informações da EFE)
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.