'Valsa para Bruno Stein' mostra belezas do Sul do Brasil

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Por AE
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Um país continental como o Brasil oferece muito mais do que as favelas do Rio e as ruas de São Paulo para locações de cinema. Aproveitar essa diversidade ambiental conta ponto para um filme como Valsa para Bruno Stein, em cartaz desde sexta-feira e ganhador do prêmio de melhor atriz para Ingra Liberato no Festival de Gramado 2007. A história se passa em uma região de serras e vales do Sul do Brasil chamada Guaritas, quase fronteira com o Uruguai. É lá que o diretor Paulo Nascimento adapta a história do livro de Charles Kiefer, relatando a saga do patriarca de uma família e os conflitos de mulheres de três gerações diferentes. A obra ainda toca num tema espinhoso: a relação amorosa entre sogro e nora. Walmor Chagas vive Bruno Stein, dono de uma olaria numa cidadezinha perdida no meio de um vale deslumbrante. Bruno vive com a mulher Olga (Aracy Esteves), com quem tem uma relação fria e indiferente, a nora Valéria (Ingra Liberato), infeliz com a solidão, pois seu marido vive viajando, e a neta Verônica (Fernanda Moro), que não agüenta mais o marasmo daquela região. A chegada de um novo funcionário da olaria, Gabriel (Marcos Verza), desencadeia uma série de acontecimentos, como a decisão da neta de se mudar de lá e a libertação dos sentimentos amorosos reprimidos entre Bruno e Valéria. Este é o segundo longa de Paulo Nascimento, novamente ambientado no Sul do País. O primeiro, Diário de Um Novo Mundo, contava - de forma meio pop, por conta de uma trilha sonora envolvendo guitarra e outros aparelhos eletrônicos - a colonização da Região Sul em 1750, que estava sendo disputado por Espanha e Portugal. O forte deste filme era a narrativa histórica, já que a relação amorosa entre os personagens de Edson Celulari e Daniela Escobar não convenciam. As informações são do Jornal da Tarde. Valsa para Bruno Stein (Brasil, 2007, 88 min.). Direção e roteiro: Paulo Nascimento. Baseado na obra de Charles Kiefer. Com Walmor Chagas, Ingra Liberato, Aracy Esteves. Classificação: 12 anos. Em cartaz desde sexta.

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