
22 de julho de 2010 | 09h38
O disco foi gravado de maneira inusitada. Drexler transformou um palco de televisão em estúdio e gravou para um público seleto, com músicos tocando ao vivo. Com composições que falam de desilusões amorosas e corações partidos, Drexler se mostrou também um autor sensível. "Eu me emociono o tempo inteiro", revela o cantor, dizendo que chora pelos motivos mais fúteis.
Drexler é fluente em português e próximo da música brasileira. Essa proximidade se dá, inclusive geograficamente. "O Uruguai é muito pertinho do Brasil, não é? Tem essa relação fronteiriça", diz. "Os músicos que mais ouço são brasileiros, como João Gilberto, Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil. Há seis anos, Paulinho Moska me convidou para trabalhar em seu álbum, Tudo Novo De Novo. Foi aí que começou minha grande relação com o Brasil." Depois de Moska, Drexler trabalhou com músicos como Lenine, Chico César, Vitor Ramil, Maria Rita, Simone, Zélia Duncan, Arnaldo Antunes e Celso Fonseca. "Trabalhei com os principais músicos brasileiros da nossa geração", diz.
Ainda do Brasil, Drexler acredita que o público nacional está começando a se interessar mais pelas músicas latino-americanas. "Ao menos isso está acontecendo comigo. Não é uma coisa habitual no Brasil vocês escutarem música em espanhol. Quando eu era mais novo, não me lembro de conhecer brasileiro que escutasse música latina". No mercado latino, artistas como Mercedes Sosa, Shakira, Miguel Ríos e Ketama já gravaram músicas do uruguaio. No show, ele deve interpretar "I Don?t Worry About a Thing", "Las Transeúntes" e "Toque de Queda", além da canção vencedora do Oscar. As informações são do Jornal da Tarde.
Jorge Drexler - Amanhã (sexta-feira, 23/07), às 22h. Via Funchal. R. Funchal, 65, Vila Olímpia. Tel. (011) 2144-5444. Preço: R$ 70 a R$ 200. 12 anos. www.viafunchal.com.br
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