
31 de agosto de 2014 | 04h27
Eu quero jantar. Eu já virei habitué no Famiglia Mancini, que é um restaurante espetacular, fica aberto até mais tarde. O problema é que jantar lá é complicado. Como não comer muito à noite, quando um prato deles dá pra toda a população de Serra Leoa se alimentar e ainda levar uma quentinha pra casa? Eu saio de lá sempre satisfeito pelas próximas duas semanas!
O Paris 6, outra tábua de salvação, está sempre aberto também, jogando aquelas sobremesas desumanas na sua cara. Mas e o resto?
Os restaurantes que dizem que fecham à uma, na verdade encerram a cozinha muito antes. E eu não tô nem querendo jantar tarde no domingo, não. Eu tô falando do sábado à noite.
O ápice da carreira do final de semana, o momento de glória dos sete dias semanais, a menina dos olhos de qualquer ser humano que tenha trabalhado duro. E, aí, você chega à uma da manhã em qualquer restaurante e dá com a cara na barriga de um segurança, que está na porta pra te informar que você vai passar fome mais um pouquinho porque ali eles já encerraram os serviços.
Cadê aquela São Paulo que não para nunca!? Será que é o medo dos arrastões? Será que o pessoal não quer pagar hora extra aos funcionários? Ou será que todos eles resolveram me colocar de dieta?
Se alguém aí tiver alguma dica de restaurante bom, eu quero! (Quando eu digo bom, não quero dizer chique, quero dizer comida gostosa, pode até ser o podrão do Pacaembu.) Eu sou uma pessoa bem notívaga e percebo que já houve uma época boa para os insones, em que havia muitos estabelecimentos 24 horas. Mas tudo foi fechando.
Será que só eu que estou acordado à uma da manhã, querendo uma salada com frango? (A verdade é que eu queria um nhoque quatro queijos gratinado, mas achei melhor falar salada com frango, é menos ogro.)
Morcegos de Sampa, uni-vos! Vão todos assistir a Meu Passado Me Condena - A Peça e a Fora do Normal e, depois, vamos sair pela cidade como numa grande passeata à procura de restaurantes abertos! Topam?
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