Um roteiro para os fãs de HQ

Lojas especializadas têm grande variedade de opções e na Gibiteca Henfil do CCSP há títulos para empréstimo

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Por Agencia Estado
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Além de bancas e livrarias, o roteiro obrigatório dos leitores de histórias em quadrinhos (HQs) não pode excluir as comic shops (lojas especializadas) e as gibitecas. Proprietário da Merlin Comic Store (Rua Artur de Azevedo, 1.467, Pinheiros, tel.: 11 - 3062-3822), Nuno Felipe Venâncio é, antes de tudo, um fanático por HQs. Desde criança, Nuno, de 28 anos, lê todos os quadrinhos que lhe caem às mãos. Chegou a ter uma coleção pessoal de 30 mil quadrinhos, que sofreu uma sensível diminuição. Agora, tem 5 mil revistas. "Perdi quase 80% do material que eu tinha na antiga loja e tive de repor o estoque com minha coleção." Em sua loja, estão à venda cerca de 50 mil revistas, incluindo a febre do momento: os mangás, quadrinhos que surgiram no Japão e conquistaram o mundo ocidental. "O argumento é bom, a arte é boa e o preço é baixo", resume Nuno. O administrador-geral da Livraria Comix Book Shop (Alameda Jaú, 1.998, tel. 11- 5067-1836), Ricardo Jorge Rodrigues, reforça a atual tendência do mercado de HQs. "Foi a entrada dos mangás que atraiu o público de pré-adolescentes", diz ele. "É mais fácil de ler, tem mais cenas de ação." O gênero também tem conquistado a simpatia das meninas, algo inédito no universo dos quadrinhos. Foram criados mangás especialmente para leitoras femininas, como Guerreiras Mágicas de Rayearth. A Comix apresenta ainda outros atrativos em seu catálogo. Entre eles, os títulos exclusivos, mantendo uma média de publicação de 10 títulos e 20 álbuns especiais por mês. Quem preferir consultar ou pegar quadrinhos por empréstimo, uma das poucas opções na cidade é a Gibiteca Henfil, no Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1.000, Paraíso, tel. 3277-3611). Considerada referência em HQs, a Gibiteca preserva 95 mil revistas e 30 mil títulos. "É uma biblioteca de HQ infantil, com acervo fixo ou para empréstimo", define o coordenador do espaço, Klink Junior. Pode servir ainda de ponto de encontro para jogadores de RPG e desenhistas, além de promover lançamentos, eventos, palestras, convenções, debates e afins. Cerca de 2.400 pessoas freqüentam o local todo mês, sendo um total de 550 indivíduos aos sábados e 450 aos domingos. O volume de doações também é expressivo: 1.500 revistas mensais. Escolas - Para conhecer na prática as técnicas dos quadrinhos ou até se profissionalizar no assunto, uma saída é recorrer às escolas de arte. A Fábrica de Quadrinhos (Av. Nove de Julho, 3.265, tel. 11- 3884-8867) é tradicional no ramo. Primeiro, o aluno deve fazer curso de desenho, para no segundo ano optar pelas aulas de pintura, ilustração publicitária ou HQ, considerados cursos de extensão. A escola oferece ainda cursos rápidos de mangás. A Cult Formação e Cultura (Av. Heitor Penteado, 99, tel. 3865-0009) abriu inscrições para curso livre profissionalizante de HQ, com ênfase em anatomia, composição e criação de personagens, e curso de mangá.

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