'Um Homem Sério', dos irmãos Coen, conta história judia

PUBLICIDADE

Por AE
Atualização:

Há um pouco de Larry Gopnik em cada um de nós. O personagem que ganha as telas no novo filme dos irmãos Coen (de "Queime Depois de Ler" e "Onde os Fracos Não Têm Vez") é um professor de física que vê sua vida desmoronar quando a esposa anuncia que está indo embora de casa para se casar com um ?homem sério?. Larry (o ator Michael Stuhlbarg, em seu primeiro grande papel no cinema) não só se surpreende com o ocorrido como inicia uma busca ao conhecimento dos seus problemas por meio de um trio de rabinos. Durante o percurso da uma hora e meia de filme, os Coen inserem diferentes tipos de obstáculos para o pacato Larry, tanto no ambiente familiar como no profissional. Seu filho, Danny, está na semana que comemorará seu bar mitzvah e só pensa em fumar maconha e escutar a banda psicodélica dos anos 60, Jefferson Airplane. Sua filha mais velha, Sarah, quer de qualquer maneira arrecadar uma boa quantidade de dinheiro para fazer uma plástica no nariz. Para isso, rouba pequenas quantias por semana dos pais. Para piorar o cenário catastrófico, o irmão de Larry, Arthur (o ótimo comediante Richard Kind) atravessa uma crise de saúde e dorme no sofá da sala do casal. Na escola, Larry enfrenta a fúria de um aluno coreano que insatisfeito com sua nota tenta subornar o professor. O pai do estudante surge para colocar ainda mais pimenta na discussão. Ainda no âmbito familiar, Larry tem o vizinho folgado para atormentar seus poucos momentos de paz. A história se passa em 1967, nos subúrbios de Minneapolis, nos Estados Unidos, em uma comunidade judaica. É o filme mais pessoal de Joel e Ethan Coen, também judeus, que passaram sua infância e adolescência nos subúrbios norte-americanos. O filme responde a diversas questões com simbolismos, contos e tradições do judaísmo. Antes da história de Larry Gopnik ser arremessada para a tela, um prólogo conta uma pequena passagem de um casal judeu da Polônia no início do século 20 falada em yiddish, onde bem e mal são o flagelo de um velho rabino. As informações são do Jornal da Tarde.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.