PUBLICIDADE

UM fã do Britpop, Borges e Chandler

Por Jotabê Medeiros
Atualização:

"Ele nunca negligencia o potencial metafórico ou musical de uma expressão, e faz disso um meio de intensificar o significado. Suas escolhas desse nível de expressão básica fazem com que a gente o sinta vital, surpreendente, vivo", diz o crítico norte-americano Wyatt Mason, especialista em Rimbaud, sobre a literatura de Michael Chabon, o motivador (e consultor) do álbum em quadrinhos abordado nesta página, O Escapista (Devir Livraria, 192 págs., R$ 44,50).O autor que conseguiu a façanha de ser levado em conta pela crítica "séria" como por Hollywood e pelas histórias em quadrinhos, publicou seu primeiro romance, Mysteries of Pittsburgh, em 1988. É um pacato pai de família casado e tem quatro filhos do segundo casamento com Ayelet Waldman (o primeiro foi com Lollie Groth, colega na Universidade da Califórnia, com quem casou em 1987 e se divorciou em 1991). Seu nome pode ser visto tanto nos créditos do Homem-Aranha 2 quanto na lista de vencedores do prestigioso Prêmio Pulitzer, que ele ganhou em 2001 com As Incríveis Aventuras de Kavalier & Clay (Editora Record, 2003). Escreveu outros livros de sucesso, como Wonder Boys (1995) e The Yiddish Policemen"s Union (2007).Seu trabalho mais recente é Manhood for Amateurs, inspirado nas colunas que escreveu para a revista Details, publicação chique de moda masculina (o anterior, Maps and Legends, é uma seleção de seus textos e ensaios escritos para veículos como New York Review of Books). Chabon ainda acha tempo para jogos literários: inventou um pseudônimo para si, August Van Zorn, sob o qual escreveu o livro In the Black Mill, homenageando H.P. Lovecraft.Chabon, além de amar HQs, é fã do rock inglês e da trupe Monty Phyton. Também cita como influências uma miríade de autores: Arthur Conan Doyle, Ray Bradbury, Donald Barthelme, Borges, García Márquez, Chandler, Updike, Philip Roth e Fitzgerald. /

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.