UM BELO TRIBUTO À ARTE DA BOA REPRESENTAÇÃO

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Por Redação
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Ator que fez história em Hollywood, Dustin Hoffman já tinha 30 anos quando interpretou um jovem de 21 e o Benjamin Braddock de A Primeira Noite de Um Homem, de Mike Nichols, transformou-o em astro, em 1967. Nos anos e décadas seguintes, Hoffman foi indicado várias vezes para o Oscar, mas só ganhou sua estatueta em 1988, aos 51, pelo autista de Rain Man, de Barry Levinson. Hoffman tem agora 75 anos. Esperou muito para se tornar diretor. A estreia ocorre com uma obra que trata justamente do tempo e seus efeitos sobre as pessoas.O Quarteto passa-se num retiro para artistas. Ali vivem Tom Courtenay, Pauline Collins e Billy Connolly. A chegada de uma nova pensionista atiça o trio, principalmente porque, no passado, ela gravou com eles a ópera Rigoletto, de Verdi, na qual há um quarteto famoso. Foi casada com Courtenay. Mas Maggie Smith fez escolhas que desestabilizaram o grupo. O quarteto é solicitado a se reunir para uma apresentação. Os antigos companheiros vencerão seus ressentimentos?Cinéfilos poderão se lembrar de outro quarteto, o Basileus, num belo filme de Fábio Carpi que virou cult em 1982. Um integrante do quarteto morria e um jovem se apresentava para substituí-lo. Sua beleza perturbava a unidade do conjunto, formado por homens (e um desenvolvia pulsões sexuais pelo forasteiro).Que bom se o Quarteto de Hoffman servisse para resgatar o de Carpi. O sexo nem é tanto o motor do novo Quarteto, embora ocorrências passadas sigam interferindo na vida das pessoas. É um filme energético, sensível (por mais suspeita que tenha virado a definição). E é um filme de atores. Sua alma é Maggie Smith. No final dos anos 1960, ela recebeu o Oscar por Primavera de Uma Solteirona, de Ronald Neame (que está saindo em DVD). Maggie recebeu outro Oscar, de coadjuvante, por Califórnia Suíte, em 1977. Tornou-se uma velhinha deliciosamente excêntrica. É difícil não amá-la, mesmo quando se revela uma peste. Crítica: Luiz Carlos MertenJJJJ ÓTIMOJJJ BOM

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