Última testemunha de acusação depõe no julgamento de Conrad Murray

Dr. Steve Shafer afirmou que sedativo pode ser administrado de maneira segura, mas que Murray foi irresponsável; advogados chamam suas testemunhas a partir de sexta

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Por Redação
Atualização:

LOS ANGELES (AP) - O julgamento do médico acusado da morte de Michael Jackson foi retomado nesta quarta-feira. Os jurados ouviram um dos maiores especialistas em propofol, poderoso anestésico de uso controlado que as autoridades dizem ter matado o rei do pop.

 

O depoimento de Steven Shafer ressaltou as advertências que estão incluídas em cada garrafa de propofol.

 

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Os promotores afirmam que Conrad Murray ignorou os avisos ao dar o anestésico para combater a insônia de Jackson. Shafer disse aos jurados que quer restaurar a confiança pública no medicamento e nos médicos.

 

"Eu sou perguntado todos os dias na sala de cirurgia: 'Você vai me dar o remédio que matou Michael Jackson?'", disse Shafer. "Este é um medo que os pacientes não precisam ter."

 

Shafer é a última testemunha de acusação contra Murray, que alega ser inocente de homicídio culposo.

 

Testemunhas de acusação têm repetidamente criticado Murray pelo tratamento dado a Jackson, observando que o uso do propofol como remédio para insônia estava fora da finalidade da droga.

 

Eles também criticaram Murray por não pedir ajuda mais cedo, pelo trabalho mal feito nos esforços para ressuscitação e por mentir a paramédicos e médicos de emergência sobre as drogas que ele tinha dado a Jackson.

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Pastor Michael, juiz da Corte Superior  cancelou o depoimento na última terça-feira para dar aos advogados de defesa tempo para pesquisar os resultados dos novos testes conduzidos sobre o nível do sedativo lorazepam no corpo de Jackson.

 

A defesa de Murray Murray afirma que os níveis de lorazepam no estômago do cantor sugerem que ele pode ter tomado várias pílulas sem o conhecimento do médico nas horas antes de sua morte.

 

O procurador David Walgren disse que os novos resultados mostram que os níveis de lorazepam no corpo de Jackson eram menores do que a defesa alegava.

 

Ed Chernoff, um dos advogados de defesa, disse que estava buscando testes adicionais de um laboratório independente para confirmar ou refutar os resultados.

 

Murray reconheceu ter dado doses de propofol a Jackson como um auxílio para dormir. No entanto, seus advogados disseram que a quantidade de propofol dada a Jackson no dia em que morreu era muito pequena para causar sua morte repentina.

 

Os advogados de Murray vão começar a chamar suas testemunhas na sexta-feira, incluindo Randy Phillips, promotor da turnê "This Is It", que Jackson ensaiava na época de sua morte, em 2009.

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