TV paga celebra o brilho de Sophia Loren

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Por Agencia Estado
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Ela foi e ainda é uma das mulheres mais belas do mundo. Sophia Loren fez sensação na entrega do Oscar de 1999. Pisou no palco do Dorothy Chandler Pavillion com aqueles seios que pareciam mísseis de sensualidade. Sophia subverteu a própria lei da gravidade. Quem acha que, com o tempo e a idade, tudo tende a cair, não sabe sobre o que está falando. E se é mesmo regra, para valer precisa de exceção. A exceção é Sophia Loren. De hoje a sábado, o Telecine Classic, da Net/Sky, promove o ciclo O Brilho de Sophia Loren. São cinco filmes, de segunda a sexta. No sábado, todos serão reapresentados. A programação começa hoje com A Lenda da Estátua Nua, de Jean Negulesco. Prossegue, a partir de amanhã, com Desejo, de Delbert Mann; Mulher Daquela Espécie, de Sidney Lumet; Orgulho e Paixão, de Stanley Kramer; e A Orquídea Negra, de Martin Ritt. Todos são filmes que Sophia realizou em Hollywood, nos anos 1950. Consolidaram seu prestígio como estrela e mostram que a atriz também ia progredindo. Pelo último, ela recebeu o prêmio de melhor atriz - a Taça Volpi - no Festival de Veneza de 1958. Dois anos depois, em Cannes, novo prêmio como melhor atriz - por Duas Mulheres, de Vittorio De Sica, que também lhe valeu o Oscar de 1961. Aí, ninguém mais tinha dúvida de que a estrela também era uma grande atriz. Se alguém quase nos fez esquecer isso, em algum momento, foi a própria Sophia, aceitando fazer - sob a direção de um autor tão importante quanto De Sica, por exemplo -, filmes comerciais que nada acrescentavam ao currículo de ambos. Acrescentavam só dólares (ou liras) à conta bancária. Sophia nasceu Sciccolone em Roma, em 1934. Isso significa que está chegando aos 70 anos (com aqueles seios de quanto? 35?). Criada em Nápoles, ela voltou à capital italiana para concorrer ao título de Miss Itália. Perdeu, mas ganhou o de Miss Elegância. Começou fazendo pontas no cinema, com o nome de Sophia Lazzaro, antes de virar Loren. Os primeiros filmes valorizavam principalmente seus dotes físicos. Esculpiram o mito de Sophia como mito erótico, numa linhagem que, no cinema italiano, incluía as duas Silvana, a Pampanini e a Mangano, e a grande rival da homenageada do Telecine Classic, Gina Lollobrigida. Gina podia ser igualmente bela, mas não possuía o temperamento de Sophia, como a Pampanini também não tinha o da Mangano. Sophia e Silvana Mangano conseguiram fugir ao estigma da mulher sexy, bonita e burra (ou pouco talentosa), mostrando ambas um real talento dramático.

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