TV Cultura exibe documentário sobre Brizola

Em homenagem ao ex-governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, morto nesta segunda-feira, a TV Cultura exibe documentário inédito Veja o Especial Leonel Brizola

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Por Agencia Estado
Atualização:

Em homenagem ao ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, morto nesta segunda-feira, a TV Cultura exibe hoje o inédito Brizola - Os Bastidores da Legalidade, às 23h30. O documentário traz trechos de uma entrevista exclusiva de três horas que o ex-governador do Rio de Janeiro concedeu ao jornalista Paulo Markun. Para a edição do especial, que vai ao ar com uma hora de duração, também foi utilizado o acervo da TV Cultura, com imagens históricas da trajetória de Brizola. Na entrevista, ele fala sobre os bastidores da história da política nacional e conta como foi articulado o "Movimento pela Legalidade", em 1961, quando liderou a luta para garantir a posse do vice-presidente João Goulart após a renúncia do presidente Jânio Quadros. Morto na noite da última segunda-feira, aos 82 anos, de enfarte, o presidente nacional do PDT estava internado devido a uma infecção pulmonar no Hospital São Lucas, em Copacabana, bairro do Rio de Janeiro onde morava. Após ser liberado, por volta das 18 horas, Brizola teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. Nascido de família humilde em Cruzinha, pequeno povoado gaúcho, em 22 de janeiro de 1922, Brizola sempre lutou contra os ideais das elites e ?se orgulhava de sua origem popular?, como diria dele o antropólogo e amigo Darcy Ribeiro. Foi eleito deputado federal pelo PTB gaúcho em 1954 e no, ano seguinte, prefeito de Porto Alegre. Em 1958, elegeu-se governador do Rio Grande do Sul, aos 36 anos. A renúncia de Jânio Quadros, em 1961, o levou a criar e comandar uma "cadeia da legalidade" para garantir a posse do vice-presidente João Goulart, que os militares da época não aprovavam Após o golpe de 1964, Brizola foi exilado e voltou para o Brasil apenas em 1979, quando fundou um novo partido, o Democrático Trabalhista (PDT), pelo qual governou por duas vezes o Rio de Janeiro, em 1982 e em 1990. Tentou duas vezes a Presidência, perdendo para Fernando Collor em 1989 e para Fernando Henrique Cardoso em 1994. Amargou uma terceira derrota em 1998, como vice de Luiz Inácio Lula da Silva. Nos últimos dez anos, seu PDT perdeu espaço na esquerda nacional, e ele passou a criticar Lula e o PT. "Acho o atual governo incapacitado para governar. O trabalhismo é o caminho de salvação para o nosso país. Esses neoliberais já fracassaram", disse.

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