01 de fevereiro de 2010 | 15h02
Com depoimentos de historiadores, políticos, filósofos e artistas, "Lutas.doc" reflete sobre a violência e suas raízes na história brasileira. Como o próprio nome sugere o episódio "O que vem por aí" fala do futuro.
"Só se consegue mudar o futuro com profundo conhecimento do passado", considera o diretor Luiz Bolognesi, produtor e roteirista de "O Bicho de Sete Cabeças" (2001) e "Chega de Saudade" (2007) e parceiro de Laís Bodanzky no Cine Tela Brasil, ex-Cinema Mambembe, há 12 anos levando filmes de graça às periferias do País, atualmente em salas com ar condicionado e 225 lugares. "Hoje temos patrocínio e a abóbora virou carruagem", diz o diretor.
As entrevistas exibidas em "Lutas.doc" foram realizadas no ano passado, mas o desenho animado que é intercalado aos depoimentos levou três anos para ser produzido por uma equipe de 60 profissionais trabalhando todos os dias. A série é o embrião de uma animação em longa-metragem com previsão de chegar aos cinemas no primeiro semestre de 2011.
No desenho animado "Lutas", o protagonista, cuja voz é do ator Selton Melo, vive 600 anos em quatro fases: é um índio Tupinambá na chegada dos europeus; um líder da Revolta da Balaiada no Maranhão do século 19; um militante da luta armada contra a ditadura militar e, no futuro, em 2090, um jornalista em visita a um Rio de Janeiro alagado, com problemas de abastecimento de água.
Tanto o documentário quanto o filme pretendem contar a história do Brasil que não se aprende na escola. "Mas ao mesmo tempo é uma história cheia de acontecimentos incríveis, de emoção, adrenalina e ação", diz o diretor. O objetivo da série, e também do filme, é falar com o público mais jovem, por isso a escolha do desenho animado como linguagem. A série "Lutas.doc" sairá como material extra no DVD do filme "Lutas", cujo avant-trailler já está disponível no You Tube.
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