27 de junho de 2013 | 10h45
Eles vão interpretar o Allegretto para piano, violino e violoncelo de Beethoven e o Trio n.º 2 de Schubert. A ideia, explica o violoncelista Jerie em entrevista à reportagem, era montar um programa curto.
"Escolhemos o Schubert e então veio a ideia de combiná-lo com este Beethoven mais curto e especial", diz. Antes da apresentação, os músicos conversam rapidamente sobre suas carreiras e o repertório com o público, em bate-papo intermediado pela jornalista Gioconda Bordon.
O segundo trio de Schubert data de 1827 e é uma das últimas peças do escritor, morto um ano depois. Carrega, por conta disso, uma característica dupla, diz Jerie. "Você pode sentir muito claramente um certo otimismo da juventude mas, ao mesmo tempo, há uma profundidade que faz desta peça uma obra-prima no repertório para piano, violino e violoncelo. Não nos cansamos dela."
Jerie conta que a peça faz parte da carreira do trio desde o início. E como sente que a interpretação para ela se transformou ao longo desse período? "É interessante, pois no começo, quando ainda estamos tateando, tentamos tocar tudo o que está escrito, respeitando o temperamento da música ao máximo e com cuidado. Com o tempo, porém, depois de uns dez anos, você começa a desenvolver uma outra relação e ela permite estabelecer leituras mais pessoais, com atenção especial a algumas frases, algumas passagens específicas."
TRIO GUARNERI DE PRAGA - Teatro Cultura Artística Itaim. Avenida Presidente Juscelino Kubitschek 1.830, Itaim Bibi, 4003-1212. Hoje, às 21 h. R$ 60.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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