Tribunal dá razão a Naomi Campbell no processo contra 'Daily Mirror'

Jornal responde por reportagens publicadas em 2001 sobre tratamento de desintoxicação da modelo

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Por Redação
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O Tribunal Europeu de Direitos Humanos considerou que o Reino Unido não violou o Convênio Europeu de Direitos Humanos ao condenar à editora do Daily Mirror pelos artigos publicados em 2001 sobre o tratamento de desintoxicação de drogas da modelo Naomi Campbell.A sentença assegura que as reportagens do tabloide "não contribuíram para nenhum debate social de interesse geral" e acrescenta que a informação foi "prejudicial" e provocou um estado de "angústia" em Naomi.Segundo o Tribunal de Estrasburgo, a informação supõe "uma intromissão desproporcional no direito à vida privada de Naomi Campbell".Dos sete juízes da sala, seis votaram afirmando que não houve violação do artigo 10 (liberdade de expressão) do Convênio.O Daily Mirror publicou em fevereiro de 2001 várias fotografias da modelo saindo de uma reunião de Narcóticos Anônimos, um centro de assistência em um bairro londrino.A primeira sentença falhou a favor da modelo, mas esta foi revogada pelo tribunal de apelação, quando a Câmara deu a razão a Naomi.Por outro lado, o Tribunal deu a razão à editora na queixa pelas elevadas despesas judiciais que teve que pagar e que incluíam os honorários que Campbell tinha acordado com seus advogados.Após o processo judicial nos tribunais internos, a editora indenizou Naomi com 3,5 mil libras esterlinas (equivalente a 4 mil euros) e teve que se responsabilizar pelas despesas que chegaram a 1 milhão de libras (cerca de 1,2 milhões de euros).

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