
05 de março de 2013 | 02h32
... a lógica do capital (a inovação crucial na obra de Marx ocorreu em meados da década de 1850, quando, depois do fracasso das revoluções de 1848, ele começou a reler a Lógica de Hegel) significa que o que Hegel não foi capaz de ver não foi uma espécie de realidade pós-hegeliana, mas o aspecto propriamente hegeliano da economia capitalista. Paradoxalmente, Hegel não foi idealista o suficiente, pois o que não viu foi o conteúdo propriamente especulativo da economia capitalista, o modo como o capital financeiro funciona enquanto noção puramente virtual, processando as "pessoas reais". E o mesmo não é válido para a arte moderna? Robert Pippin apoia a tese de Hegel sobre o "fim da arte" com uma ressalva: ela não se refere à arte como tal, mas somente à arte representacional...
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