
05 de agosto de 2013 | 11h09
No passado, eram as revistas que traziam as notícias e forneciam material para o trabalho artístico da pintora, como comprova a exposição Influxo das Formas, que será aberta amanhã, 6. Nela estão recortes que serviram de modelo para algumas pinturas de Tomie. Durante anos ela seguiu o mesmo procedimento dos ?gouaches découpés? (collages de papel cortado) de Matisse - o segundo na sua lista de pintores preferidos depois de Rothko, a qual também inclui o norte-americano Robert Motherwell. Tomie recortava grandes blocos de cor e formava com eles figuras ou composições abstratas.
Os curadores da mostra do Instituto Tomie Ohtake, Agnaldo Farias e Paulo Miyada, descobriram que, além de centenas de recortes, a artista mantinha o hábito de conservar em cadernos folhas soltas com miniaturas de seus quadros. Tiveram, então, a ideia de montar uma sala com essas pinturas e seus modelos virtuais feitos com canetas esferográficas coloridas. Essas formas, reconheceram os curadores, vão e voltam na obra da pintora num movimento circular, o que explica a retomada de imagens dos anos 1960 nas mais recentes telas. "Nunca planejei de modo racional essas formas", diz. "Elas simplesmente surgiam", simplifica. No entanto, a passagem da figuração para a abstração, nos anos 1960, assegura, foi motivada pela observação dos objetos que decoravam sua casa na Mooca.
INFLUXO DAS FORMAS - Instituto Tomie Ohtake (Rua Coropés, 88, Pinheiros, 2245-1900). 3ª. a sáb., das 11h às 20h. Grátis. Até 29/9.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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