Thereza Collor abre ateliê de moda em SP

"The" é o nome do Ateliê de Moda Thereza Collor que ocupa um casarão no bairro de Higienópolis, onde a musa do impeachment mostra que é também uma designer de verdade

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Por Agencia Estado
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´The´, o Ateliê de Moda de Thereza Collor aberto ontem em um casarão da Rua Ceará, 458, em Higienópolis, é uma grata surpresa. Quem esperava dar de cara com uma moda over, rebuscada, impregnada dos conceitos estéticos que marcaram a República de Canapi - deparou-se com vestidos habillée sofisticados, únicos, bem-cortados e de acabamento impecável. Também encontrou um prêt-à-porter de luxo desprentensioso e, por isso mesmo, fácil de consumir. É daquelas araras que têm modelitos-coringa, com uma dúzia de pretinhos básicos cheios de criatividade, mais camisas, saias e pantalonas loucas para sair para jantar. Querendo ou não, Thereza foi musa do impeachment, era mulher de Pedro Collor, o irmão-torpedo que detonou com suas declarações o reinado do parente-presidente Fernando Collor de Mello. Bonita, rica e elegante, sempre esteve em evidência e atraía todos os flashes. A corte morria de inveja. E é com espanto que a clientela do ateliê ´The´ descobre que aquela figura mignon, meiga no trato - seja com clientes, funcionários ou visitantes - e dona de um carisma inquestionável é também uma designer de verdade. Artesã, Thereza sempre bordou suas roupas. As roupas de festas à venda na loja, únicas, exclusivas, capazes de vestir mulheres dos mais variados estilos, saíram todas - acreditem! - da imaginação de Thereza. "Eu desenho, imagino a roupa, escolho o tecido e mando para as modelistas. Ela fazem a peça, que depois é enviada para o bordadeiro", conta. Existe uma equipe de estilo, mas para o prêt-à-porter. Na alta-costura, tudo parte de Thereza, que continua a bordar algumas peças. "Tenho duas mãos direitas", diz, sobre suas habilidades. Para se ter uma idéia, até os arranjos de flores da maison foram feitos por ela. Mas Thereza abre espaço para seus colaboradores. "Eu crio com ela, tenho muita liberdade aqui", garante Suly Correia, o artista que transforma pedras, miçangas e canutilhos em desenhos inacreditáveis. O bordadeiro traz no currículo quase 29 anos de trabalho na Daslu. Mas o "The" não é, nem quer ser, uma Daslu em Higienópolis. A proposta ali é vender roupa de festa em pronta-entrega, com preços a partir de R$ 2 mil. Há uma sala só para os vestidos de noiva, todos ali, prontinhos para usar, por valores que chegam a R$ 15 mil, como o de renda de bilro (sim, aquela do Nordeste) todo bordado.

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