Territórios serão Tema da nova edição

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Por Elder Ogliari e PORTO ALEGRE
Atualização:

A 8ª Bienal do Mercosul, prevista para os meses de setembro a novembro de 2011, terá uma ideia central, as "poéticas do território", e duas derivações, a expositiva e a ativadora da cena cultural local. A concepção foi anunciada pelo curador-geral, o colombiano José Roca, na terça-feira, em Porto Alegre, sede da exposição. Nos próximos meses, tanto Roca quanto a Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul estarão envolvidos no trabalho que estabelecerá o formato da nova edição. Um dos primeiros passos será a escolha da equipe curatorial, com mais cinco integrantes, dos locais de exibição de obras e o levantamento de custos do projeto.Embora não tenha definido as abordagens das "poéticas do território", Roca já adiantou que a mostra não será pensada como representação nacional, mas como supranacional ou transterritorial. "A Bienal será com artistas que estão tocando esses temas, de como se constitui um território." Os exemplos podem ser os ciganos, uma nação sem território, ou as construções fictícias de nações com autonomia poética, mas sem autonomia política. "Me interessam artistas que estão voltados para esse tema", diz o curador-geral.Nascido em Barranquilla, em 1962, Roca é formado em Arquitetura pela Universidad Nacional de Colômbia, com especialização em Estudos Críticos no Whitney Independent Study Program, nos EUA, e mestrado em Design e Gestão de Edificações Culturais pela Ecole dArchitecture Paris-Villemin, na França, e trabalha entre Bogotá e Filadélfia. Em 2006, foi cocurador da Bienal de São Paulo.Embora admita ter percepção "um pouco viciada" por quem observava de outros pontos, ele diz "sentir" que a Bienal do Mercosul consolidou-se como "espaço no qual as coisas se realizam bem e seriamente, cujo componente central é educativo".

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