"Territórios" encerra ciclo de exposições

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Por Agencia Estado
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Um bom artista plástico já é um território, não cabe dentro de um único rótulo. A partir dessa premissa tirada do livro Territórios, uma reunião de ensaios de Julio Cortazar que não saiu no Brasil, o curador Agnaldo Farias pensou a exposição homônima ao livro que será inaugurada esta terça no Instituto Tomie Ohtake. A mostra também marca o encerramento do ciclo A Recente Trajetória da Arte Brasileira, que o instituto apresentou neste semestre. Quais seriam os artistas plásticos já considerados territórios da arte brasileira? Carmela Gross, Flavia Ribeiro, Angelo Venosa, Élida Tessler, Miltom Machado, Lia Menna Barreto, Marcelo Reginato, Dora Longo Bahia e Cao Guimarães. Mas cada um deles apresenta uma ou duas obras porque para Agnaldo Farias, se uma obra é potente, ela já se basta. "Desde quando exagero de informações é cultura?", pergunta ele. Para montar a exposição, o curador partiu de trabalhos que desde muito tempo gostaria de reunir. Não apenas aqueles que já conhecia, mas também um projeto dos anos 70 de Miltom Machado que até hoje o artista não realizou. A obra ainda é um segredo e será conhecida somente na abertura da exposição. Abrindo a exposição, em uma sala escura estarão os trabalhos que lidam com a imagem e com a luz, como a rede de fios de cobre de Marcelo Reginato, o casulo de luz amarela feito por Carmela Gross e o vídeo de Cao Guimarães. Na outra sala ficarão reunidos os trabalhos que tratam da natureza, a paisagem, como a máquina de bordar de Lia Menna Barreto ou os desenhos de Flavia Ribeiro. E para ligar as duas salas, um íntimo corredor de objetos feito por Élida Tessler. Territórios - De terça a domingo, das 11 às 20 horas. Instituto Tomie Ohtake. Avenida Faria Lima, 201, São Paulo, tel. 6844-1900. Até 2/2. Abertura, amanhã às 20 horas.

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