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Termina a Feira do Livro de Buenos Aires

A 27.ª edição da Feira Internacional do Livro que se realiza a cada ano na capital argentina terminou ontem com estimativa de ter tido um público recorde de 1,4 milhões de pessoas

Por Agencia Estado
Atualização:

A 27.ª edição da Feira Internacional do Livro que se realiza a cada ano na capital argentina e que é uma enorme vitrine onde os editores entram em contato direto com os leitores, terminou ontem com estimativa de ter batido um recorde de público. Os organizadores estimam extraoficialmente que cerca de 1,4 milhões de pessoas tenham passado pela feira que foi inaugurada no dia 19. O ano passado, o evento teve público de 1,1 milhão de pessoas, mas este ano, com a decisão do governo argentino de abrir as portas do evento gratuitamente de segunda a sexta-feira, houve aumento considerável de público. A próxima edição da feira poderá voltar a ser realizada no prédio municipal em que ocorria antigamente porque as editoras e livrarias não estão conseguindo bancar o alto custo do aluguel do prédio da Sociedade Rural, devido à crise econômica argentina que causou queda nas vendas. O certo até o momento é que a 28.ª edição está marcada para ocorrer entre 16 de abril e 6 de maio. Oscar González, diretor da Câmara Argentina do Livro (CAL), disse que "esta é uma feira de primeiro mundo, talvez maior que a de Los Angeles". Lembrou que o evento homenageou escritores e editores desaparecidos na ditadura de 1976-83 e que não foi somente uma feira de números, mas de contato entre escritores e leitores, mesas redondas, debates, lançamentos de novos títulos, apesar das ausências de última hora como a do escritor de ficção científica Ray Bradbury, por problemas de saúde, do eterno best seller brasileiro Paulo Coelho e da escritora Angeles Mastretta". Estiveram na feira a escritora chilena Marcela Serrano, a espanhola Rosa Montero, os franceses Roger Chartier e Marc Augé, entre outros, além de escritores, jornalistas e artistas locais. Segundo González, "os sucessos de vendas se dividiram entre os livros de auto-ajuda, romances e obras jornalísticas, surpreendendo a presença na lista dos mais vendidos da Bíblia e do diário de Anne Frank".

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