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Telas de Munch roubadas podem ter sido queimadas

Jornal norueguês afirma que O Grito e Madonna, roubados de um museu de Oslo, foram queimados pelos ladrões. Polícia nega

Por Agencia Estado
Atualização:

Os quadros O Grito e Madonna do pintor expressionista norueguês Edvard Munch, que foram roubados no dia 22 de agosto do museu do artista em Oslo, foram queimados, segundo o jornal local Dagbladet, um dos maiores do país. O diário cita fontes do mundo do crime norueguês e afirma que existe um relatório policial secreto que fala sobre isso. A polícia norueguesa desmentiu a matéria. Segundo o jornal, os ladrões teriam decidido queimar as obras para eliminar as evidências do roubo, acontecido em 22 de agosto de 2004, quando homens mascarados invadiram o Museu Munch, durante o dia, e levaram as telas. A fonte citada pelo jornal assegura que depois do roubo, os quadros passaram um tempo guardados em uma casa de campo. Apesar de três suspeitos já estarem presos, a polícia ainda não recuperou as telas, duas obras-primas do Expressionismo alemão. "Iso é totalmente desconhecido pela polícia de Oslo", disse o encarregado da investigação do roubo, Iver Stensrud, a emissora de rádio NRK. Ele disse não saber nada sobre o relatório secreto ou sobre os quadros terem sido queimados. "Basicamente, eu não tenho comentários, e nós não usamos o Dagbladet como uma fonte confiável aqui na polícia de Oslo", disse Stensrud. O Grito, que mostra um homem desfigurado e representa a angústia da existência do ser humano, foi pintado em 1893, e Munch considerava esta como uma de suas maiores obras, junto aos afrescos pintados em uma sala da universidade de Oslo. Existem quatro versões deste quadro. A mais valiosa, exposta no museu nacional de Oslo, também foi roubada, em 1994, mas foi recuperada intacta poucos meses mais tarde. Madonna, criada entre 1893 e 1901, é um desenho de uma mulher com o peito nu e de cabelos pretos, que simboliza a virgem da iconografia cristã. Há cinco versões desta obra.Munch, um dos fundadores do expressionismo moderno, viveu entre 1863 e 1944.

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