Telas de Frida Kahlo valem milhões

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Por Agencia Estado
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Seguramente, Frida Kahlo é hoje uma das estrelas de primeira grandeza da mitologia latino-americana. As telas em que retrata de forma bastante dramática e quase obsessiva seus dramas pessoais - associados a uma iconografia arcaica repleta de símbolos referentes ao México indígena - encantam o público e alcançam valores até há pouco impensáveis nos leilões e mercados internacionais. Além da qualidade evidente de sua pintura, em suas telas se confundem de maneira profundamente intrigante a fragilidade física e emocional da mulher e o engajamento corajoso da pintora que se tornou símbolo da luta feminista e da defesa da identidade e da libertação de seu povo. Ao contrário de seu marido, Diego Rivera, e dos outros muralistas mexicanos, Frida pinta com os sentimentos; deixa pulsar na tela suas conturbadas emoções. A idéia de dilaceramento - físico e psíquico - está quase que permanentemente presente em sua arte. Em As Duas Fridas ela se retrata duas vezes: numa delas como uma espanhola, na outra como uma índia mexicana. Pintada em 1939, a tela participou da antológica exposição de arte surrealista realizada no México em 1940 - em conseqüência da visita ao país de André Breton, que se mostrou fascinado com a obra de Frida - é a obra mais visitada do Museu de Arte Moderna da Cidade do México.

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