Tela de Beatriz Milhazes pode bater recorde na Sotheby's

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Por AE
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É grande a expectativa no mercado de arte brasileiro em relação ao leilão de arte contemporânea que a tradicional casa Sotheby''s vai realizar hoje em Nova York. Entre obras de Yves Klein, Barnett Newman, Anish Kapoor e Andy Warhol estará no prelo a tela ''O Mágico'', de Beatriz Milhazes, com preços iniciais de US$ 250 mil a US$ 350 mil. A pintora carioca é das poucas artistas brasileiras a conseguirem alcançar altos valores no mercado internacional de arte - aliás, a valorização de suas obras ocorreu, do início dos anos 2000 para agora, do circuito estrangeiro (principalmente, americano) para o brasileiro - e, por isso, ela já está sendo considerada a primeira brasileira a bater o recorde de preço entre os artistas vivos (definição baseada apenas em se tratando de leilões). "Minha estimativa é que a obra dela possa ter seu preço triplicado hoje no leilão da Sotheby''s", diz Jones Bergamin, galerista, investidor e diretor da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, ele mesmo interessado em entrar na disputa pela tela da artista. Curioso que ontem, em leilão da Christie''s, em Nova York, uma tela de Lucian Freud foi vendida a US$ 34 milhões, transformando-se no maior valor já pago pela obra de um artista vivo. A presença do quadro de Beatriz Milhazes no leilão de hoje é apenas um dos indícios de que o mercado brasileiro de arte está passando por um momento de grande efervescência e deve ser vista com cautela. Afinal, bons resultados em leilões decorrem de fatores muitas vezes imponderáveis. "É um jogo cujas regras não estão nas mãos de ninguém", afirma Marcia Fortes, sua galerista no Brasil - Beatriz ainda é representada por galerias em Londres, Berlim e Nova York. Apesar de não querer fazer especulações, ela confirma que o interesse é grande e tem ''muita gente faminta'' atrás. "É uma tela ótima, excelente, de uma fase muito procurada, e está com estimativa relativamente baixa. Acredito que vá, sim, superar essa estimativa", diz a galerista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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