
24 de setembro de 2010 | 09h37
É dentro desse espírito que o diretor se desdobra em duas atividades nos próximos dias. No domingo, leva 50 artistas ao pavilhão da Bienal para uma performance inspirada em Flávio de Carvalho. E apresenta, no dia seguinte, a versão filmada de "Os Sertões", que será exibida ao público no cinema e lançada, posteriormente, em DVD.
Para sua participação na 29.ª Bienal de São Paulo, Zé Celso foi beber em "O Bailado do Deus Morto", mítica obra teatral de Flávio de Carvalho. Montada pela primeira vez em 1993, a peça surgia como materialização das ideias do artista sobre o "Teatro Experiência" e escandalizou a sociedade da época com atores que falavam na morte de Deus e louvavam uma divindade animal.
Em sua releitura, o Oficina fez aquilo que o diretor chamou de inversão. "O texto é muito bonito, mas excessivamente choroso. Nós o transformamos em uma exaltação." Sua encenação, que deve ter início do lado de fora do prédio do Ibirapuera, vai percorrer os corredores do edifício e eleger a rampa projetada por Niemeyer como palco principal. De acordo com ele, "o público deverá viver esse percurso como um ritual".
Os Sertões - Foram mais de sete anos dedicados à transposição da monumental obra de Euclides da Cunha, "Os Sertões", para o teatro. Tudo isso foi documentado, resultou em mais de 810 horas de gravação e gerou os cinco filmes que serão exibidos na segunda, no cinema da Livraria Cultura, no Conjunto Nacional. Em novembro, eles serão lançados também em DVD. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Teatro Oficina - Pavilhão da Bienal (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº). Tel. 5576-7600. Dom., 15h. Grátis. Cine Livraria Cultura (Av. Paulista, 2.073). Tel. 3285-3696. 2ª, 20h; 3ª a 6ª, 18h. Grátis.
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