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Teatro Municipal de SP comemora 92 anos com concertos

Para comemorar a data, põe para trabalhar suas duas orquestras neste fim de semana, com o maestro Ira Levin regendo pela primeira vez a Sinfonia n.º 3 de Mahler

Por Agencia Estado
Atualização:

O Teatro Municipal de São Paulo completa neste fim de semana 92 anos de idade. Para comemorar a data, põe para trabalhar suas duas orquestras, nesta sexta, sábado e domingo. É a vez da Sinfônica Municipal sob regência de Ira Levin, com a Sinfonia n.º 3, de Mahler. Também no domingo, a Experimental de Repertório e Jamil Maluf interpretam um programa dedicado a Prokofiev, com a participação do pianista vietnamita Dang Thai Son, que vai tocar o Concerto n.º 3 do compositor russo, morto há 50 anos. Complementam a apresentação duas peças de Stravinski: a Segunda Suíte para Pequena Orquestra e o balé Petrouchka. Esse não será o primeiro Mahler do maestro Ira Levin no Teatro Municipal de São Paulo - desde que assumiu o cargo de diretor musical ele já regeu também a Sinfonia n.º 6. A terceira, porém, é um desafio gigantesco, em muitos sentidos. É a mais longa sinfonia escrita por Mahler, dura cerca de duas horas e é um bom exemplo da visão que o compositor tinha desse tipo de obra. Para ele, a sinfonia devia conter todo um mundo dentro de si e, aqui, seu tema principal é a natureza e o lugar que o homem ocupa dentro dela. Nisso, está a influência de Nietzsche, por exemplo. Como na Segunda Sinfonia e em obras que seriam escritas mais tarde, a Terceira também utiliza palavras e a presença de uma cantora solista, cuja voz se mistura à textura orquestral e amplia os meios de expressão do compositor. Nas apresentações desta semana a solista será a meio-soprano romena Mariana Cioromilla. Já o concerto da Experimental de Repertório se guia sob o signo da música russa. Após homenagear Berlioz (de quem se lembra este ano o bicentenário) com a interpretação do Haroldo na Itália, agora é a vez de lembrar Sergei Prokofiev, morto há 50 anos. A peça escolhida foi o Concerto n.º 3 para Piano e Orquestra, aquele que, entre os cinco escritos pelo compositor, tornou-se o mais célebre.

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