
24 de maio de 2013 | 11h25
Durante o evento, o diretor artístico do Municipal também anunciou uma importante mudança: após 28 anos, o Teatro voltará a contar com um programa de assinaturas. Ao todo, serão 40 récitas, divididas em 11 séries, que estarão disponíveis para compra a partir do dia 3. "Nunca invento nada. Repito a experiência dos grandes teatros do mundo", comentou o maestro. "As pessoas agora poderão escolher o melhor dia para virem a ópera, não enfrentar fila e montar o seu programa." Os pacotes, que variam de R$ 96 a R$ 500, podem incluir ingressos para todas as estreias. Ou para récitas às quintas-feiras, sábados ou domingos. Há ainda quatro séries mistas, com diferentes óperas em diferentes dias da semana. Além de três assinaturas livres, com a possibilidade de o assinante escolher a quais óperas quer assistir.
Para 2014, a intenção é aumentar o número de óperas disponíveis. "No ano que vem serão no mínimo dez títulos", garante o ex-regente titular da Osesp. Ele também pretende ampliar o plano de assinaturas, que passará a abranger os concertos e as apresentações do Balé da Cidade.
De acordo com o maestro, a proposta pretende resgatar o público do Teatro. "Quando eu era menino, no Rio de Janeiro, havia pelo menos três óperas por semana para assistir. Em 2014, planejo ter ao menos 9 récitas por mês. Serão mais de duas apresentações por semana. Existe um espectador aficionado por ópera na cidade que nós podemos conquistar", comentou.
A seleção dos títulos deste ano tem a ver com essa ambição. Além de "Aída", "La Bohème" e "Don Giovanni", serão encenadas "Ouro do Reno" e "Cavalleria Rusticana/ Jupyura" (os dois títulos apresentados em sequência). Segundo Neschling, essas não são apenas criações populares e queridas dos espectadores. Mas óperas que poderão compor um repertório para a casa.
A Praça das Artes, complexo cultural de 28.500 m² inaugurado pela gestão anterior, também irá merecer uma programação específica. Completamente restaurada em 2012, a sala do Conservatório Dramático e Musical receberá concertos de música de câmara, especialmente do Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo e do Coral Paulistano.
Ainda que privilegie a música clássica, a sala deverá abrir espaço, segundo a direção do Municipal, para formações de jazz, choro e shows de instrumentistas brasileiros. O pianista Nelson Ayres, o acordeonista Toninho Ferragutti e o violonista Paulo Bellinati estão entre os artistas que devem se apresentar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
PROGRAMAÇÃO
"Aída"
Giuseppe Verdi, de 9 a 25/8
"Don Giovanni"
W. Mozart, de 12 a 22/9
"Cavalleria Rusticana"
P. Mascagni, de 15 a 27/10
"O Ouro do Reno"
R. Wagner, de 9 a 16/11
"La Bohème"
G. Puccini, de 10 a 29/12
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.