Tata Amaral

A cineasta paulistana foi mostrar Antônia na semana passada em Londres e, num restaurante de lá, contou que prepara seu quarto longa

PUBLICIDADE

Por Flavia Guerra
Atualização:

Antônia foi um caso de sucesso no Brasil. Além do filme, virou série na TV. Mostrar o filme agora, anos depois, em Londres, faz com que você o veja sob outra perspectiva?

PUBLICIDADE

Sim. Antônia foi um projeto que nasceu de forma tão natural que, aos poucos, ganhou atenção internacional. Londres é uma cidade que adoro, que sempre visitei, ainda que rapidamente, para conferir exposições, ir a restaurantes interessantes... É muito especial mostrar um filme aqui. A sessão aqui foi muito interessante. O público, ainda que pequeno, tinha grande interesse nos temas levantados pelo longa. Havia gente que estuda e que pensa cinema.

Você sente interesse crescente do público estrangeiro pelo cinema brasileiro?

Com certeza. Desde a Retomada, nosso cinema está cada vez mais internacional.

Como está a carreira do filme no exterior?

Integrou festivais como Berlim, Toronto... Foi lançado no cinema nos Estados Unidos com 20 cópias e investimento de 380 mil dólares. Em seguida, entrou no circuito de DVDs pela Netflix. É uma história de mulheres exuberantes e lutadoras.Na plateia do Barbican havia representantes de comunidades da periferia de Londres. A questão humana é sempre universal.

Você se prepara para filmar novo longa em janeiro. Passa-se também em São Paulo? Tem vontade de filmar em outro lugar?

Publicidade

São Paulo é uma cidade cuja realidade é difícil de ser contada, pois tudo muda muito de bairro para bairro. Mas não sei se saberia contar uma história fora de São Paulo. Sou muito paulistana. Nasci no Centro, cresci e vivo em Pinheiros. Para mim, explorar as nuances da cidade é sempre um desafio. E este novo filme, o Hoje, é assim também. Passa-se na Galeria Metrópole, na Avenida São Luís.

Este será o primeiro longa da Tangerina Filmes, produtora que você fundou com sua filha, Caru. É bom fazer cinema em família?

É ótimo, mas sempre difícil. Fundamos a Tangerina há 3 anos, mas o fluxo não é suficiente para pagar todos os custos. É preciso um mix. Faço também TV. E adoro. Em 2009, fiz o Trago Comigo para a TV Cultura e produzi um documentário. Agora, alem do Hoje, vou produzir um curta dirigido por ela.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.