31 de outubro de 2012 | 11h05
A trama gira em torno de Conceição (Débora Letícia Nascimento na primeira fase e Érika Januza na segunda), uma jovem mineira que leva uma vida quase escrava em fornos de carvão ao lado da família. Cansada de viver no perrengue e assustada com a morte do irmão, vítima de uma explosão, ela foge para o Rio, onde anos mais tarde vira uma estrela do funk no bairro de Madureira.
Mineira como a personagem, Érika tem outras semelhanças com a personagem. "Entrei num concurso de samba e ganhei", revela. Há cerca de cinco anos, ela saiu de Contagem (MG) e teve uma experiência traumática ao visitar a Cidade Maravilhosa. "Eu me arrumei toda para tirar uma foto no Projac, mas o segurança não deixou", relembra ela, que não se conteve ao conseguir o papel e entrar como funcionária. "Chorei muito. Agora, tenho um crachá", gaba-se.
Assim como Érika, que nunca havia atuado, o elenco, em sua maioria, é formado por não atores que fizeram testes. Luiz Fernando Carvalho diz que faz parte da proposta. "Suburbia é uma desconstrução daquilo tudo que já fiz. Criar uma linguagem simples é difícil", filosofa. O diretor explica que, para ele, é mais fácil fazer os não atores se adaptarem à história, criada a partir da convivência de Carvalho com uma empregada doméstica. "É uma história real. Eu precisava de desconhecidos." Cerca de 90% do elenco são atores negros. "É a nova cara da riqueza", defende Fabrício Boliveira, um dos poucos atores veteranos, que vive Cleiton, um personagem-coringa e par romântico de Conceição. As informações são do Jornal da Tarde.
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