Strokes boceja canções em seu novo álbum

PUBLICIDADE

Por Roberto Nascimento
Atualização:

Comedown Machine, o quinto dos Strokes, é um cartaz gigante, com luzes neon que declaram: "Aqui, ausência de tesão ao se fazer música". Parece ter sido conscientemente arquitetado por Julian Casablancas para carimbar o atestado de irrelevância de sua banda, dez anos após o ápice de Is This It, disco que gozou de sucesso comercial e concedeu à banda credenciais favoráveis entre a crítica. Em outras palavras, aqui jaz uma influente banda de rock. Comedown Machine, lançado dois anos após o último e modestamente superior Angles, começa com guitarras em estacato, batida de dance music, e vocais que soam como uma cópia de Hot Chip, Phoenix, ou as dezenas de bandas brasileiras que copiam os Strokes e outras bandas de dance rock. Isto acontece diversas vezes durante o álbum. A pegada das canções, mesmo quando o Strokes relembra seus momentos de garagem, é inofensiva, fato acentuado pelo descaso, ou a falta de esforço ao cantar.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.