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Stallone desafia junta militar de Mianmar e anuncia 'Rambo 5'

Por MICHAEL WINFREY
Atualização:

Não satisfeito em ter se indisposto com o governo de Mianmar na versão mais recente do filme "Rambo", Sylvester Stallone quer agora ir ao país para enfrentar cara-a-cara a junta militar por abusos dos direitos humanos. Stallone, que disse estar se preparando para um quinto e último filme da série Rambo, afirmou que os comentários da imprensa de que seu filme teve sucesso na Birmânia e servia de inspiração para os dissidentes foi o ápice de sua carreira cinematográfica. "Este povo incrivelmente valente encontrou uma espécie de voz, de maneira muito estranha, no cinema norte-americano ... Na verdade, eles utilizaram algumas das falas do filme nas manifestações", disse Stallone, 61 anos, em uma entrevista por telefone. "Este, para mim, é um dos momentos de mais orgulho que tive no cinema", acrescentou. Moradores de Rangun disseram à Reuters nesta semana que a polícia havia dado ordens a vendedores ambulantes de DVD proibindo a comercialização do filme, intitulado apenas como "Rambo". Os habitantes disseram ainda que os fãs da série "ficaram doidos", por algumas das falas do herói, como "Viva por nada. Morra por alguma coisa". No filme, o veterano da Guerra do Vietnã John Rambo --mais conhecido por eliminar seus inimigos com uma metralhadora M60 na década de 1980-- volta à ativa para salvar um grupo de missionários cristãos de um major sádico do exército de Mianmar. Stallone disse que, em vez de fazer um filme sobre o Iraque ou Darfur, concentrou-se em uma crise menos conhecida. A decisão foi tomada antes do país atrair a atenção mundial por reprimir violentamente monges budistas que pediam democracia no país. Autoridades disseram que 15 pessoas morreram em decorrência da repressão, mas diplomatas e grupos de apoio humanitário disseram que o número é muito maior. "As pessoas finalmente ficaram sabendo como são brutais essas pessoas", avaliou Stallone.

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