SP sedia concurso de literatura de cordel

Promovido pela CPTM e pelo Metrô, concurso vai premiar cordelistas e distribuir os textos vencedores, que deverão seguir "o rigor da métrica, rima e oração"

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a Companhia do Metropolitano de São Paulo (metrô) estão promovendo o 1.º Concurso Paulista de Literatura de Cordel, que vai premiar cordelistas profissionais ou amadores de todo o País. Os interessados têm até o dia 11 para enviar seus textos. O concurso foi idéia do jornalista paraibano Assis Ângelo, estudioso da cultura popular e que atualmente é assessor da presidência da CPTM para assuntos culturais. "O concurso é uma forma de incentivar a produção dessa literatura vinda de Portugal e que foi muito bem-aceita no Nordeste e em São Paulo. É preciso agitar os artistas, já que são poucos os lembrados pela mídia apesar de ser através deles que o Brasil ganha uma identidade", afirma o jornalista. A CPTM se interessou pela idéia e patrocinou o concurso que tem como tema "mensagens de otimismo relacionadas com o cotidiano metro-ferroviário" e com os usuários das companhias. No regulamento está escrito que os textos deverão ser feitos em versos setissílabos na forma de folheto para impressão preto-e-branco em oito páginas. Além disso, devem conter 32 estrofes, "seguindo o rigor da métrica, rima e oração". Uma comissão formada por especialistas em literatura de cordel e representantes das empresas patrocinadoras escolherá dez trabalhos que serão publicados e distribuídos gratuitamente em escolas estaduais e nas linhas da CPTM e do metrô. O primeiro colocado receberá um computador com kit multimídia completo e impressora; o segundo terá como prêmio um DVD; e o terceiro escolhido vai ganhar uma televisão de 20 polegadas. Os demais cordelistas vão receber cem estojos contendo folhetos escolhidos no concurso. Os vencedores serão anunciados no dia 25 de janeiro. O cordel é um tipo de literatura popular que surgiu na Europa e era muito produzida em Portugal. O nome cordel veio do costume de pendurar os folhetos escritos com versos em barbantes que eram esticados em praças públicas e feiras para que fossem vendidos. Os temas sempre foram variados, formando narrativas. As capas geralmente são xilogravuras, mas atualmente os cordelistas utilizam fotografias de galãs da TV e do cinema. Os interessados devem enviar três cópias de seus textos para a União dos Cantadores Repentistas e Apologistas do Nordeste, localizada na Rua Teixeira Leite, 263, Liberdade, CEP 01514-010, São Paulo, SP.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.