A partir de domingo, às 10 horas, São Paulo terá seu primeiro museu de figurinos, com a abertura do Centro de Memória da Ópera do Theatro São Pedro - Coleção Temaghi, no anexo do Theatro São Pedro. Em exposição para os visitantes, haverá cerca de 40 objetos, incluindo capas, chapéus túnicas gregas, armaduras, roupas, espadas e malhas medievais, das décadas de 10, 20 e 40. Entre as raridades, figurinos que já foram usados por nomes como Tony Ramos, Francisco Cuoco, Hebe Camargo e Irene Ravache. Com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura de SP, a idéia é perpetuar a memória da ópera, do teatro e da televisão. Trata-se apenas de uma parte do acervo total de mais de 5,5 mil peças, cedido pelo antigo dono da Casa Temaghi, tradicional no ramo de aluguel de roupas e adereços para teatro e ópera. Aberta em 1919 pelo italiano Amadeu Temaghi, a loja funcionou durante 81 anos no Brasil. Mas, por causa da crise, fechou suas portas e doou seu material histórico para o Theatro São Pedro. "Um dia, andando perto de casa, conheci a Temaghi e fiz uma parceria com a loja, que passou a me dar descontos nos figurinos", lembra o diretor do teatro, Fernando Calvozo. A parceria durou por algumas óperas. Na realidade, até o ano passado, quando veio a má notícia. Calvozo ligou para a loja em busca de trajes para a opereta de Noel Rosa, "A Noiva do Condutor". "Eles pediram para ir até a loja. Lá, o herdeiro da Temaghi me ofereceu seu acervo e pediu para cuidar dele." Calvozo planeja organizar mostras temáticas no museu, uma média de seis a oito eventos por ano. "Temos material para mais de 40 exposições." Há peças utilizáveis, mas o diretor avisa que serão de uso exclusivo das produções realizadas no Theatro São Pedro. Serviço - Centro de Memória da Ópera do Theatro São Pedro - Coleção Temaghi. De quarta-feira a domingo, das 11 às 17 horas. Entrada franca. Theatro São Paulo. Rua Barra Funda, 139, tel. 3661-6529. Até 17/5. Abertura domingo, às 10 horas, seguida da apresentação da Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo ´Maestro Eleazar de Carvalho´, com regência de João Maurício Galindo