07 de novembro de 2012 | 02h08
Como diz Fernanda Feitosa, organizadora do evento, por entrevista via e-mail, "o mercado da fotografia brasileira tem vivido momentos históricos, nestes últimos anos. Encontramos maior engajamento dos produtores da fotografia, mais interesse comercial e reconhecimento da importância histórica e do valor da fotografia na história da arte nacional, além de mais informação do público no que diz respeito à fotografia e suas características".
Assim, numa multiplicidade de olhares encontramos trabalhos em várias frentes de pesquisas, que vão do documental ao campo experimental. É ainda Fernanda Feitosa que nos lembra: "A fotografia brasileira parece perseguir e gozar de uma liberdade muito grande no que diz respeito aos temas abordados, recortes e suportes adotados. Ela persegue tanto os registros documentais como sua relação com a pintura e os limites entre o real e o imaginário".
Encontramos os descendentes da chamada escola de Dusseldorf, criada pelo casal alemão Bernd e Hilla Becher no pós-guerra e considerada por muitos historiadores como a grande influência da fotografia contemporânea ao juntar a excelência artística e tecnológica para registrar o banal, como, por exemplo, nos trabalhos do brasileiro Caio Reisewitz.
A releitura das cidades nas imagens de Jose Manuel Ballester ou da Claudia Jaguaribe; a natureza vista por Alexandre Sant'Anna ou Bruno Veiga; as experimentações de artistas variados que dialogam com imagens clássicas de Cristiano Mascaro, João Luiz Musa, Maureen Bisilliat e German Lorca: são imagens históricas como as do Martin Chambi ou de Thomaz Farkas. Fotografias que narram o desenvolvimento da história de um olhar fotográfico.
SP-ARTE/FOTO 2012
Shopping JK Iguatemi. Av. Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Olímpia.
Amanhã e 6ª, 16 h/ 22 h; sáb. e dom., 14 h/ 20 h. Grátis – www.sp-arte.com
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