Shows de Chico César, Tom Zé e Agnes Nunes animam o fim de semana

No teatro, o destaque fica para o musical 'Sweeney Todd – O Cruel Barbeiro da Rua Fleet', com Rodrigo Limbardi e Andrezza Massei

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Por Danilo Casaletti
Atualização:
'Estou curiosíssimo (pelo show). E muito animado', diz Chico César Foto: Jose de Holanda

Música

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Chico César  recria no palco o repertório de ‘Aos Vivos’

O cantor Chico César, na companhia do pianista Amaro Freitas, recriará no palco o repertório do álbum Aos Vivos, o primeiro de sua carreira. Lançado em 1995, o trabalho logo lhe deu um lugar de importância na música popular brasileira.

A expectativa para a apresentação inédita, em que os artistas ora se apresentarão juntos, ora separados, é sobre como as canções aparecerão para o público com a adesão do piano de Amaro – no disco, elas foram registradas apenas em voz e violão.

O cantor paraibano conta ao Estadão que, por morarem em cidades diferentes, ele e Amaro não tiveram muito tempo para ensaiar. “Estou curiosíssimo. E muito animado. Aberto, ao mesmo tempo, para receber este pianista negro, nordestino e virtuoso com esse repertório que já é de certa forma clássico”, disse.

As canções a que Chico se refere são, entre outras, Mama África, Mulher Eu Sei e Alma Não Tem Cor. Elas tratam de temas que continuam atuais, como as dificuldades de uma mãe solo, machismo e racismo. “Eu sempre tematizei e quis cantar essas questões. Outros artistas também. Para quem é preto, índio, pobre, mulher, corpo dissidente e dissonante, oprimido, o Brasil sempre foi opressor”, conta.

Amaro diz que admira Chico há muito tempo e lembra uma história curiosa. Certa vez, quando tocava piano em um restaurante em Gravatá, no interior de Pernambuco (seu Estado natal), Chico chegou ao local. O gerente do estabelecimento, então, pediu que Amaro tocasse algo do artista famoso.

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“Fui ao banheiro e escutei Mama África para memorizar a melodia. Criei algo em cima dela. Toquei e todo mundo aplaudiu. Chico veio falar comigo e disse: ‘Parabéns, irmão, nos encontraremos lá na frente’, lembra.

Amaro, um dos mais prestigiados pianistas de sua geração, fala que seu piano e o violão de Chico se encontram na “percussividade”. “Será uma troca incrível que abre um novo momento para nós”, conclui. 

Dom. (20), 19h. Casa Natura Musical. R. Artur de Azevedo, 2.134, Pinheiros. R$ 40/R$ 150. Compre aqui os ingressos.

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Tom Zé Nos anos 1960, Tom Zé compôs a canção Augusta, Angélica e Consolação. Portanto, nada mais significativo que um dos pensadores da Tropicália e nome fundamental na música criativa brasileira se apresentar na região. O show, realizado nesta sexta (18) no Studio SP, justamente na Rua Augusta, trará suas principais composições, além da genialidade do artista no palco. No sábado (19), a casa recebe a cantora Miranda Kassin em seu show I Love Amy, que leva aos palcos o repertório de Amy Winehouse.

Sexta (18), 22h. Studio SP. Rua Augusta, 591, Consolação. R$ 100. bit.ly/showtomze. Confira a programação dos outros shows do mês em estudiospaugusta.com

O cantor Tom Zé Foto: André Conti

Isabella Taviani A cantora Isabella Taviani, acompanhada de banda, apresenta o show A Máquina do Tempo, baseado em seu mais recente álbum. Além das novas canções, ela canta músicas que fazem parte de sua carreira, entre elas, Luxúria, Canção Que Faltava e Último Grão.

Sexta (18), 21h30. Tokio Marine Hall. R. Bragança Paulista, 1.281, Chácara Santo Antônio. R$ 109/R$ 189. Compre aqui.

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Instrumental Nome fundamental na música moderna brasileira que antecedeu ao estouro da bossa nova, o músico e compositor Johnny Alf ganha tributo comandado pelo pianista Tiago Costa e pelo baterista Vitor Cabral. Com o reverente título GeniAlf, a apresentação contará com a presença de banda para executar as principais composições do homenageado.  5ª (24), 21h. Bourbon Street. R. Dos Chanés, 127, Moema. R$ 65. Ingressos.

Teatro Municipal A Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Paulistano apresentam o concerto Guarnieri e Mário – Paulistas Desvairados. No repertório, composições como A Serra do Rola Moça para Mezzo-soprano e Orquestra e Quatro Poemas de Macunaíma para Voz e Orquestra. A regência será do maestro Roberto Minczuk.  Sexta (18), 20h; sáb. (19), 17h. Teatro Municipal. Pça. Ramos de Azevedo, s/nº, República. R$ 10/R$ 60. Compre aqui.

A cantora Agnes Nunes Foto: Lucas Nogueira

Agnes Nunes A cantora Agnes Nunes apresenta para o público o show do álbum Menina Mulher, lançado em janeiro. Com repertório majoritariamente autoral, o trabalho tem músicas como Amanhecer, Grinalda e Mais Sincero. Ainda neste mês de março, Agnes embarca para a Europa para shows em Londres e Portugal. Sexta (18), 20h e 22h30. Blue Note. Av. Paulista, 2.073, 2º andar, Consolação. R$ 90. Ingressos.

O cantor e compositor Zeca Baleiro Foto: Silvia Zamboni

Zeca Baleiro O cantor e compositor Zeca Baleiro retoma a turnê de José, na qual ele, acompanhado por seu violão e outros recursos sonoros, mostra sucessos e músicas importantes em sua trajetória. Com espaço para improvisos, o roteiro inclui Telegrama, Bandeira e Flor da Pele.  Hoje (18) e sáb. (19), 21h. Teatro B32. Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.732, Itaim Bibi. R$ 140/R$ 180. Show Zeca Baleiro.

Teatro

Lombardi vive o barbeiro que volta a Londres em busca de vingança contra um juiz inescrupuloso Foto: Stephan Solon

‘Sweeney Todd’ traz a Broadway para SP

Depois de alguns adiamentos por causa da pandemia, o musical Sweeney Todd – O Cruel Barbeiro da Rua Fleet chega aos palcos brasileiros, estrelado pelos atores Rodrigo Lombardi e Andrezza Massei. A adaptação tem direção musical de Fernanda Maia e direção-geral de Zé Henrique de Paula.

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O espetáculo criado por Stephen Sondheim conta a história do barbeiro Benjamin Barker, que depois de uma briga com o cruel juiz Turpin (Guilherme Sant’Anna) é obrigado a ir embora de Londres. Ao retornar, após 15 anos, sob o pseudônimo Sweeney Todd (Lombardi), ele encontra sua antiga barbearia transformada em uma decadente loja de tortas comandada por dona Lovett (Andrezza). Os dois, então, se unem em uma vingança contra Turpin. Estreia sexta (18). 6ª, 21h30; sáb., 16h e 20h; dom., 18h. 033 Rooftop do Teatro Santander. Complexo do Shopping JK. Av. Juscelino Kubitschek, 2.041, Itaim Bibi. R$ 75/R$ 220. Ingressos.

'Encantado' O espetáculo de dança criado pela Lia Rodrigues Companhia de Danças tem como ponto de partida a crise sanitária deflagrada pela pandemia de covid-19. Em meio à dor, a criação recorre aos seres encantados, ou seja, os que se expressam em diferentes formas na natureza e não conhecem a morte, como as entidades que pertencem a modos de percepção do mundo afro-ameríndio. 

5ª, 6ª e sáb., 21h; dom., 18h. Sesc Pinheiros. R. Pais Leme, 195. Pinheiros. R$ 40/R$ 20. Até 10/4. Compre aqui. 

Espetáculo de dança 'Encantado' Foto: Lia Rodrigues

Chega de Saudade

No espetáculo da Aquela Cia, personagens da bossa nova, como João Gilberto e Nara Leão, são interpretados por atores e atrizes negros. A narrativa é conduzida a partir de canções da época.  Reestreia sáb. (19). 5ª a sáb., 21h; dom., 18h. Sesc Consolação. R. Doutor Vila Nova, 245, centro. R$ 20/R$ 40. Até 22/4.  Garanta aqui seu ingresso.

‘Madame’ A peça conta a história do malandro e boêmio Madame Satã (1900-1976), figura emblemática do centro do Rio. O texto, escrito e interpretado por Márcio Telles, da Companhia Odara, revela as diferentes personas de Madame Satã. 2ª, 21h. Teatro Oficina. R. Jaceguai, 520, Bela Vista. R$ 50. Até 28/3. Ingressos.

Amores incompatíveis A peça Anjo de Pedra, de Tennessee Williams, ganha nova versão dirigida por Nelson Baskerville. A trama, que se passa em 1916, conta a história de John, um estudante de medicina e ateu que tem fama de playboy.Alma, sua vizinha, filha de um pastor, tenta se aproximar dele, mas seus comportamentos diversos os distanciam. Após John se envolver com outra mulher, Alma toma uma difícil decisão. Estreia sáb. (19). 6ª e sáb., 21h; dom., 18h. Tucarena. R. Monte Alegre, 1.024, Perdizes. R$ 80. Até 15/5. Reserve seu ingresso.Seres da natureza O espetáculo de dança Encantado, criação da Lia Rodrigues Companhia de Danças, tem como ponto de partida a crise sanitária gerada por conta da epidemia de covid-19. Em meio a dor, a criação recorre aos seres encantados, ou seja, os que se expressam em diferentes formas na natureza e não conhecem a morte, como as entidades que pertencem a modos de percepção de mundo afro-ameríndios. 5ª, 6ª e sáb., 21h; dom., 18h. Sesc Pinheiros. R. Pais Leme, 195. Pinheiros.R$ 40/R$ 20. Até 10/4. Compre aqui.

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