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Show de Maria Rita abre festival brasileiro em NY

Por AE
Atualização:

O clima cinzento da tarde de domingo em Nova York mudou de tom no Central Park com o samba de Maria Rita e a bossa nova do filme Os Desafinados, de Walter Lima Jr. Ela pôs a platéia para cantar junto e dançar num show de quase duas horas no SummerStage, evento de música internacional promovido pela prefeitura da cidade. O filme, com muitas cenas gravadas no mesmo lugar onde foi exibido, abriu a semana do VI Cine Fest Petrobras Brasil-NY. Se era para ser simpatia, deu certo. Na passagem de som antes do show, a banda tocou Santa Clara Clareou, de Dorival Caymmi, homenagem àquela que, além de padroeira da comunicação, é a santa de fé das lavadeiras de Minas Gerais e do nordeste brasileiro. A chuva sumiu e Maria Rita fez a platéia, supremamente brasileira, se comportar como se fosse primeiro dia de carnaval em qualquer cidade do Brasil. Com domínio para cativar um público em torno de três mil pessoas e agüentar a festa que convidados especiais faziam ao lado do palco, Maria Rita mostrou músicas principalmente de ''Samba Meu'', seu disco mais recente. Já a história de amizade, amor e música de Os Desafinados pôs o público no compasso da obra, que o próprio ator Rodrigo Santoro, intérprete de um dos personagens principais, define como "um filme bossa nova". A história começa em 1962, termina em 2000 e está centrada num grupo de músicos que não consegue participar do show histórico no Carnegie Hall, em Nova York, que lançou a bossa nova nos Estados Unidos. Mesmo assim eles tentam a sorte na cidade "onde até o lixo é rico". Promovido pelo Grupo Inffinito, o Cine Fest Petrobras Brasil-NY vai exibir nas salas do Tribeca Cinemas, esta semana, 24 longas, médias e curta-metragens produzidos recentemente. O festival também homenageia o cinqüentenário da bossa nova. Além de estar presente em Os Desafinados, ela é saudada no documentário A Casa do Tom, dirigido por Ana Jobim, viúva de Tom, o compositor que transformou a bossa nova em sucesso internacional. Amanhã, o documentário será exibido na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), onde os promotores do festival entregarão a Ana o troféu Lente de Cristal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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